Amamentação: uma decisão que tem de ser tomada

Amamentar ou não amamentar, uma decisão que precisa ser tomada.

Hoje em dia, são muitas as mamãs que escolhem amamentar, opção que leva frequentemente a algumas dúvidas e interrogações.

A decisão de amamentar tem que ser tomada aquando do parto e não na altura em que a futura mamã começa a preparar a chegada do bebé. A grande maioria escolhe amamentar sem nenhuma hesitação, o que prova que independentemente da cultura, origem ou nível social, este acto é considerado como um prolongamento da gravidez.

Apenas 10 a 15% recusam amamentar o bebé, sendo que o motivo não é ainda evidente, apesar de vários estudos sociológicos terem tentado constatar o porquê de tal decisão.

As mulheres que fumam também costumam ser mais reticentes na aceitação desta decisão pois acham que dar de mamar é incompatível com o tabaco. A verdade é que, qualquer que seja o motivo do bloqueio é sempre necessário explicar que não existe qualquer razão para que a amamentação não corra bem.

Decisão tomada: como me posso preparar?

Durante a gravidez, o corpo da mulher prepara-se naturalmente logo, não existe uma preparação específica dos seios. No entanto, esta é a altura certa para se informar, trocar experiências e para tentar ter uma alimentação equilibrada. Não está cientificamente provado que existam alimentos prejudiciais à amamentação,
mas quando a ingestão de algum alimento específico conforta a mãe, este pode ter alguma influência, por exemplo, no seu relaxamento.

Aconselha-se apenas que a recente mamã evite bebidas com cafeína e o álcool, já que estes não contribuem positivamente para o crescimento cerebral do bebé.
Outro mito que deve ser contrariado é a ideia pré-concebida de que a produção de leite depende da quantidade de água ingerida. A mãe apenas tem de se regular em função da sede ou das urinas: se elas forem concentradas é porque não bebe água suficiente.

Mas no que respeita à amamentação, o importante é apenas a qualidade dos períodos de amamentação. No que respeita à higiene é necessário que a mãe tenha sempre as mãos bem limpas antes de amamentar e, obviamente, os seios também devem estar limpos antes e depois da amamentação.

Amamentar ou não amamentar

Como saber se sofro de insuficiência de leite?

A insuficiência de leite costuma ser a primeira razão para a interrupção da amamentação apesar de, na grande maioria das vezes, não ser real: é apenas a mãe a duvidar das suas capacidades. Essa percepção errada é o resultado do mau conhecimento das necessidades do recém-nascido mas também das expectativas irrealistas dos pais, nomeadamente em termos do número de vezes que amamenta e dos períodos de sono.

Em matéria de amamentação, é impossível e inútil definir normas em número de vezes que se amamenta,mas todos os estudos demonstram que se o número for fraco, a amamentação acaba. A verdadeira insuficiência traduz-se por um aumento de peso insuficiente do recém-nascido devido a períodos de amamentação insuficientes e pouco eficazes, que acabam por prejudicar a regulação da produção do leite. Se o bebé não mamar bem e poucas vezes, a produção de leite
vai regular-se por um nível inadaptado.

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As dores da amamentação

Durante a amamentação, as mulheres também sentem algumas dores localizadas no mamilo, uma zona onde a pele é muito fina, flexível e repleta de receptores de dor. Na grande maioria dos casos, estas dores surgem devido a lesões traumáticas ao nível do mamilo, geralmente inerentes a lesões associadas a uma posição errada do bebé, que não agarra bem o mamilo durante a amamentação. O que faz com que, durante os primeiros 2 a 4 dias de amamentação, os mamilos possam estar mais sensíveis aquando dos primeiros movimentos de sucção do bebé.

Esta sensibilidade é temporária e, geralmente diminui quando o leite começa a fluir, tendo mesmo desaparecido alguns dias após o nascimento do bebé. E, apesar de a amamentação não ser, supostamente, dolorosa, por vezes surgem algumas gretas, como consequência da irritação ou secura da pele durante a amamentação. Um bebé mama de maneira eficaz se come e ingere longos golos, de boca bem aberta e com movimentos de sucção lentos, regulares e com pausas raras.

Uma em cada cinco mulheres chega mesmo a sofrer de inflamação mamária durante a amamentação. Esta inflamação deve-se a uma acumulação de leite nas alvéolas mamárias, nomeadamente por causa dos intervalos entre os períodos da amamentação, que podem ser muito longos. Ainda não se sabe, ao certo, como cuidar desse problema mas, a resolução mais frequente é interromper a amamentação.

Dicas para uma boa amamentação

Há alguns conselhos chave que deve seguir, de forma a evitar as dores da amamentação e o aparecimento de gretas incómodas. Antes de amamentar, verifique sempre se o mamilo está limpo e seco, respeitando as regras de higiene habituais. Após a amamentação, e sempre que sentir necessidade, aplique uma camada espessa de um Bálsamo Amamentação, para uma melhor eficácia.

Opte sempre por um cuidado dermo-reparador completo, sem lanolina, sem enxaguamento, que não cole, não manche, que apazigue rapidamente as irritações e que nutra e purifique o mamilo ao mesmo tempo que protege a pele danificada.

Para tal, prefira produtos de elevada tolerância, sem perfume nem corantes e à base de activos de origem natural: os Péptidos de Abacate, com o seu poder apaziguante e de alívio das irritações dolorosas; a Manteiga de Karité que, em associação com o Sal Marinho e os Oligoelementos, melhora a flexibilidade e a
resistência da pele; e o Elastor-regulador que, associado ao Lupéol e à Vitamina B5, favorece a reestruturação da pele.

Fonte: Dr.ª Sandra Palma, Farmacêutica

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