Qual é o meu tipo de pele? Descubra o seu.
Usar cosméticos não adaptados à nossa tez é apenas um dos muitos erros que habitualmente cometemos na rotina de higiene pessoal. Cada tipo de pele exige cuidados diferenciados e a aplicação de produtos adequados. Se ainda não sabe qual é o seu tipo, nós ajudamos-lhe a descobrir.
Cuidar da pele pode não ser tão fácil como parece. Não basta escolher um creme mais caro, um tratamento mais intenso ou o produto recomendado pela sua amiga para as coisas resultarem e a sua pele parecer mais jovem e bonita. Ter cuidado com a pele não é só uma questão de estética, mas também de saúde, pois este órgão ajuda a proteger e a regular o nosso organismo.
A aparência da pele de quase todo o corpo mas em especial do rosto – uma vez que é a mais visível e o primeiro impacto que têm a nosso respeito – vai sofrendo alterações ao longo dos anos. O clima, o stress, a poluição, os hábitos alimentares, as alterações hormonais e a falta de cuidados ou cuidados inadequados são alguns dos responsáveis por essas mudanças.
Embora os gestos básicos de limpar, hidratar e tratar sejam sempre obrigatórios, a escolha dos produtos deve variar consoante as necessidades de cada tipo de pele, sob pena de os efeitos pretendidos não serem alcançados ou tornarem-se prejudiciais. Para evitar que tal aconteça, há que conhecer o seu tipo, os produtos que deve utilizar e os cuidados básicos que devem ser respeitados.
Orlando Martins, dermatologista, explica-nos que são cinco os tipos de pele identificados pela maior parte dos especialistas, cada um com as suas características e necessidades: “Há pele normal, pele oleosa, pela seca, pele mista e pele sensível”. Mas antes de conhecermos as características de cada tipo, há que saber identificá-los.
Faça o teste para saber qual é o seu tipo de pele!
Se ainda não sabe qual é o seu tipo de pele, Orlando Martins revela-nos um método fácil e prático de o descobrir: o teste do lenço de papel. De manhã, antes de lavar a cara, coloque um lenço de papel sobre o rosto, fazendo uma pressão ligeira com as mãos. Retire e observe:
– se o lenço não apresentar qualquer mancha de óleo e sentir que a sua pele está lisa e com boa textura, então tem pele normal;
– se o lenço de papel fica com manchas de óleo qualquer que seja a zona do rosto, isso significa que a sua pele é oleosa;
– se, porventura, a mancha no lenço só se verifica quando limpa o nariz, testa e queixo, e não nas restantes partes do rosto, a sua pele é mista;
– se ao limpar não nota manchas de óleo e sente a pele como se estivesse esticada, está perante uma pele seca;
– se ficar com o rosto com manchas avermelhadas e com prurido, a sua pele é sensível.
Pele normal
De todos os tipos de pele este é sem dúvida o mais equilibrado e o que menos problemas e imperfeições como espinhas e manchas desenvolve. Não é nem demasiado seca nem demasiado gordurosa. Tem uma textura translúcida, macia, lisa e um fulgor saudável. Os poros são bem pequenos e mal se notam. Há mesmo quem diga que este é o tipo de pele ideal, sendo quase impossível de conseguir depois da chegada da vida adulta.
As peles normais mantêm uma pigmentação estável e uniforme, uma boa elasticidade e uma hidratação própria, tanto a nível da derme, como da epiderme. Não precisam de grandes tratamentos, para além, claro, de produtos adequados a este tipo de pele e dos cuidados básicos diários: limpeza de pele, uso de desmaquilhante e creme hidratante.
Pele seca
Quem possui pele seca sabe bem o que é ter aquela sensação de pele esticada e ressequida. Para além de estar mais suscetível às agressões externas, as glândulas sebáceas são menos ativas, pelo que falta-lhe o óleo e a humidade naturais da pele. Geralmente, a tez apresenta-se demasiado desidratada, com tendência para escamar e para envelhecer mais rapidamente (as rugas e linhas de expressão são mais frequentes).
Uma hidratação cuidada é absolutamente fundamental para quem possui este tipo de pele. O dermatologista Orlando Martins diz-nos que, para repor o equilíbrio e a vitalidade desta tez, “a limpeza deverá ser suave, com loções ou sabão que não alterem o ph da pele e não removam a sua proteção natural”. Em seguida deve aplicar um creme hidratante específico para a pele seca e “renovar a aplicação duas vezes por dia [ou mais se for o caso]”. E, como não podia deixar de ser, até porque a pele seca é mais propícia ao envelhecimento, não se esqueça de “usar um creme com fotoproteção”, sublinha o dermatologista.
Pele oleosa
Limpar o rosto e manter o equilíbrio cutâneo é o desafio de quem tem pele oleosa. Caracterizada pelo excesso de brilho, as glândulas sebáceas deste tipo de tez, como o próprio nome indica, produzem uma maior quantidade de óleo, dando origem a poros obstruídos e ao aparecimento de imperfeições como pontos negros, espinhas e acne. A boa notícia é que neste tipo de pele normalmente os sinais de envelhecimento surgem mais tarde.
Para cuidar da pele oleosa, além da remoção da sujidade, é importante reduzir a produção de sebo (gordura) de forma a limitar o aspecto brilhante. Para tal, deve lavar o rosto duas vezes por dia e apostar em produtos apropriados, que equilibrem a produção de óleo. Como Orlando Martins nos explica, “os produtos a utilizar devem estimular a renovação das células (alfa hidroxiácidos, por exemplo) e todos os protetores solares ou de maquilhagem devem ser livres de óleos [oil-free]”.
Outro cuidado importante com esta cútis é a hidratação. Por esse motivo, o dermatologista recomenda que se “beba bastante água, para que a pele fique hidratada e, assim, evitar a hiperprodução de óleo”. Ao mantermos o nível adequado de água na pele vamos minimizar a dilatação dos poros e ajudar a retardar o aparecimento das indesejáveis rugas.
Pele mista
É uma combinação de pele oleosa com pele seca. Algumas regiões são oleosas (principalmente na zona T – queixo, nariz e testa), onde os poros são naturalmente mais dilatados, e também outras áreas em que “esta pode ser relativamente seca, especialmente à volta dos olhos e nas bochechas”, indica Orlando Martins, acrescentando que este é o tipo de pele mais comum.
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