Como o exercício físico pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, constituindo 50 a 70 por cento de todos os casos. Provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, raciocínio,…). Saiba como o exercício pode ser um aliado na batalha contra esta doença.
Depois de abordar o tema de como cuidar do doente de Alzheimer achamos também importante falar sobre a importância do exercício físico e das actividades físicas para prevenir esta doença ou até mesmo para a tentar controlar.
Atualmente é uma doença incurável mas existem tratamentos que permitem algumas melhorias do estado de saúde do paciente, retardando o declínio cognitivo e outros sintomas, de forma a controlar determinadas alterações de comportamento e proporcionar melhor qualidade de vida para os pacientes e restante família.
Este tipo de demência é reduzida nos idosos entre os 65-70 anos (2-3 por cento), mas aumenta exponencialmente com a idade, chegando a ser de 60 por cento acima dos 90 anos.
Exercício físico e prevenção de Alzheimer:
Inúmeros estudos revelam que a probabilidade de desenvolver Alzheimer diminui em pessoas que praticam exercício físico com regularidade, sendo igualmente relevante na redução drástica da perda de memória e no declínio cognitivo. São visíveis resultados a partir de 3 horas de prática acumulada ao longo da semana, combinando treino de força e cardiovascular.
Atividades como caminhar, correr, nadar, ténis ou ir ao ginásio (elípticas, passadeira, bicicleta estática,…) aparentam ser as mais adequadas. Uma vez que o risco cardiovascular (devido ao colesterol elevado, hipertensão e diabetes) está associado a um maior risco de desenvolvimento da doença, qualquer atividade aeróbica ajudará, indiretamente, a prevenir o Alzheimer e contribui para uma melhoria do bem-estar geral.
Sabendo-se que a atividade cognitiva é determinante na prevenção, é recomendável a inclusão de atividades cognitivas nos exercícios através de diferentes desafios, rotinas específicas – aulas de grupo que contenham coreografias são excelentes formas de estimulação mental, pelo que são aconselháveis – tarefas de memorização e outras que mantenham uma boa oxigenação cerebral.
Após o diagnóstico de Alzheimer, quais os benefícios do exercício físico?
Uma vez que as áreas mais afetadas são aquelas associadas à memória, aprendizagem e coordenação motora, será importante que, para além de jogos cognitivos de memorização, sejam estimuladas capacidades físicas relacionadas com o dia-a-dia e prevenção de quedas, aumentando a autonomia e qualidade de vida dos pacientes e diminuindo a dependência da família.
Atividades relaxantes também podem ser interessantes, uma vez que com o avançar da doença aumenta a confusão mental e com isso alguns sinais de agressividade e alterações de humor.
Em resumo, a chave está em manter um estilo de vida ativo a nível físico e cognitivo, não esquecendo que cada pessoa é única, assim como cada paciente de Alzheimer e os dias que vive – não há dois dias iguais.
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