Quando o stress se acumula e o dia-a-dia ameaça com a rotina, as caminhadas pela natureza podem revelar-se o escape de que tanto necessitamos, levando-nos a lugares longe do caos urbano, onde não se chega de outra forma, senão a pé.
Preparar a mochila e partir à aventura, desfrutando em pleno do contacto com a natureza é o irresistível apelo do trekking, igualmente conhecido por pedestrianismo, caminhada ou marcha de montanha. Quem embarca nesta viagem acaba quase sempre por repetir a experiência. E a razão é simples: a aventura não se encontra no desafio ou ultrapassagem de dificuldades, mas no simples desfrutar de um percurso a pé, acompanhado por guias da especialidade ou em trilhos previamente estabelecidos e identificados em cartas topográficas.
Durante horas ou mesmo dias de caminhada, seguindo trilhos um pouco por todo o mundo, alcançam-se lugares recônditos, onde só a pé se pode chegar, ao mesmo tempo que se contacta diretamente com a natureza e com o modo de vida das gentes das terras por onde se passa. Aqui o mais importante é explorar o prazer de caminhar, aproveitando para conhecer os ambientes paisagísticos de uma determinada região, a sua cultura e tradições.
Os percursos possíveis são inúmeros e podem ser curtos ou longos, conforme os objetivos traçados: de poucas horas (regra geral, não menos do que uma manhã ou tarde) a um dia ou mais. E, ao contrário do que acontece numa simples caminhada em que se regressa ao ponto de partida para passar a noite, o trekking, com mais de um dia de duração, implica dormir em plena natureza, em tendas ou abrigos, e ir mudando de lugar como se fossemos um nómada.
Esta é uma atividade que pode ser praticada sozinho ou em grupo, e por pessoas de todas as idades, pois o nível de dificuldade das caminhadas varia de acordo com o trilho a percorrer. Para a sua prática, não faltam opções a nível nacional ou no estrangeiro, havendo organizações e agências de viagens especializadas nesta área. Mas existe outra opção igualmente simples: desloque-se com alguns amigos ou familiares para zonas naturais ou espaços rurais, ou participe em eventos desta natureza que decorrem todo o ano em todo o nosso país – para isso, informe-se junto das câmaras municipais e fique atento aos órgãos de comunicação social ou procure na internet por atividades deste tipo.
Alguns conselhos…
– Se pensa iniciar-se por sua própria conta e risco no trekking, saiba, desde já, que não é muito aconselhável. As “estreias” devem fazer-se na companhia de um guia ou alguém já experiente.
– Planeie a viagem e o percurso em si, quer seja de poucas horas ou de vários dias, pois exige sempre algum esforço físico por parte dos praticantes.
– Defina o itinerário, saiba qual a duração do percurso, o grau de dificuldade e o que vai transportar.
– Reúna o máximo de informação acerca do percurso traçado, os acessos, a meteorologia, onde pernoitar, entre outros aspectos.
– Use sempre o calçado e o vestuário adequados. A roupa desadequada ao clima pode ser um grande obstáculo, assim como o uso de maus sapatos.
– Leve apenas o essencial, pois tudo será transportado às costas, e o desconforto do excesso de peso podem impedir a caminhada.
– Durante o percurso, caminhe devagar e com atenção ao piso e beba muitos líquidos.
– Nos treks em altitude deve fazer paragens periódicas de um ou dois dias, para aclimatação, não devendo dormir no lugar mais alto que alcançou.
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