Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes (para principiantes)
Já há muito tempo que estou para ler um dos maiores best-sellers de gestão, o livro “The Seven Habits Of High Effective People” de Stephen R. Covey.
O problema é que tenho uma lista infinita de outros livros que também quero ler, mas que infelizmente a falta de tempo e a minha curiosidade não me permitem diminuí-la! A parte boa é que consegui a versão reduzida do mesmo livro e a li praticamente num dia!
Mas adiante!
O que é a realidade?
Já há muito tempo que a filosofia tem-se debatido sobre esta pergunta, mas a conclusão é a de que não existe a realidade, mas sim múltiplas realidades, cuja a interpretação depende de quem está a observar.
Através da forma como apreendemos a realidade, vamos interiorizando um mapa mental, que por sua vez irá influenciar na forma como reagimos, sentimos, pensamos, escolhemos ou nos comportamos.
São os mapas mentais, que aliados às nossas práticas e valores, criam os hábitos, sendo estes, resultados de 3 componentes interligadas:
- Conhecimento: diz respeito ao que fazer e porque fazê-lo
- Habilidade: refere-se ao como, ou seja, que meios tenho para o fazer
- Vontade: corresponde ao desejo/motivação para seguir numa determinada direção, é o querer.
Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes é um livro que apela à mudança da forma como vemos o mundo e como nos vemos a nós próprios. Esta é, no entanto, uma mudança que para ser consistente e duradoura deve ser feita a partir de dentro para fora.
Para pôr em marcha este processo, é necessário alterar os nossos paradigmas sobre a forma como interpretamos o mundo e, claro, aplicar hábitos que nos permitam atingir a realização pessoal.
Mas então que hábitos são esses?
Hábito 1: Seja proativo
Ser proativo não significa apenas agir para alcançar determinadas coisas. Ser proativo é também tomar a decisão de ser dono e senhor da sua própria vida, em vez de ser um refém das circunstâncias. É atribuir significado à sua vida.
É tornar-se consciente de que é o único responsável do seu presente, passado e futuro, e o principal agente de mudança da sua própria vida.
Uma pessoa proativa é alguém que age sobre as situações (ao contrário de reagir), que domina as suas emoções (ao invés de ser tornar refém), que assume as responsabilidades e que se centra naquilo em que pode agir diretamente e obter resultados.
Hábito 2: Comece com um fim em mente
As pessoas que têm este hábito estabelecem os seus objetivos de forma clara e precisa, sabem o que têm de fazer para os alcançar e quando o querem fazer.
Mas para que consigamos estabelecer objetivos que norteiem a nossa vida é primeiro necessário conhecer-nos a nós próprios.
Implementar este hábito implica descobrir-se a si próprio, (re)pensar sobre a sua vida, estabelecer prioridades, alargar horizontes, consolidar valores e realizar ações que lhe permitam chegar cada vez mais perto dos seus objetivos, implicando, por sua vez, criar mentalmente os resultados que deseja obter na sua vida.
Hábito 3: Dê prioridade ao que é prioritário
Para alcançarmos objetivos é necessário focar-se naquilo que é realmente importante e saber dizer não ao que não o é.
Às vezes quando temos muitas tarefas entre mãos, saber dar prioridade ao que é prioritário torna-se difícil e a tendência é dispersar, o que afeta a produtividade e o bem-estar.
Para não cair na sensação de perda de controlo, é necessário por de lado as atividades/distrações que concorrem com os nossos planos e identificar os valores que têm significado, alinhando-os com os nossos objetivos.
Para além disso é também importante ter organização pessoal e disciplina para cumprir os objetivos a que se propôs.
Hábito 4: Pense Ganhar-Ganhar
O pressuposto principal deste hábito é o acreditar que há abundância no mundo que chegue para todos, e por isso, partilhar recursos não significa que uns ficam a ganhar e outros a perder. Significa que em todas as minhas interações procuro fazer com todos saiam beneficiados, sem perder de vista os meus valores, objetivos e prioridades.
Pensar desta forma permite-nos negociar e gerir conflitos, de forma a encontrar soluções vantajosas para ambas as partes e aprender a olhar para os outros como possíveis oportunidades e não como obstáculos que devem ser retirados do caminho.
Hábito 5: Procure primeiro compreender para depois ser compreendido
As pessoas empáticas conseguem compreender o outro do ponto de vista emocional e intelectual. Isto não significa que elas concordem em tudo com a outra pessoa, mas sim que primeiro tentam colocar-se no lugar do outro, sem julgar, criticar ou analisar, afastando-se do seu ponto de vista, e vendo a realidade a partir do ponto de vista do outro.
Só desta forma é que será possível estabelecer relações de qualidade e autênticas com outros, pois as pessoas sentir-se-ão valorizadas e à vontade para serem elas próprias e falar abertamente.
Quando procuro compreender a outra pessoa estou a respeitá-la e a dar-lhe toda a minha consideração.
Para ser eficaz, claro está, é preciso encontrar um equilíbrio entre o compreender e o ser compreendido.
Hábito 6: Crie sinergias
Costuma-se dizer que duas cabeças pensam sempre melhor do que uma. Criar sinergias é isso mesmo, é procurar uma terceira alternativa, que não é a minha e não é a do outro, mas aquela que é melhor do que se fosse algum de nós a produzir individualmente.
Isto implica reconhecer as nossas próprias limitações e a valorizar o contributo das ideias que sejam diferentes das nossas para encontrar soluções para situações complexas, uma terceira alternativa que supere as necessidades.
A verdade é que ninguém é uma ilha, e todos nós somos limitados, e por isso, precisamos de uma perspetiva diferente da nossa para que consigamos ter uma visão mais ampla da realidade. Sem nunca perder a nossa individualidade, autonomia e segurança pessoal.
Hábito 7: Afine as suas ferramentas pessoais
E finalmente o último hábito, que é o de renovação constante das diferentes dimensões da nossa vida: intelectual, física, emocional/social e espiritual.
- Na dimensão intelectual é importante realizar tarefas que estimulem o nosso raciocínio e tentar estar sempre a aprender algo novo;
- Na dimensão física é importante manter o nosso corpo ativo, ter uma alimentação saudável e equilibrada, aprender a gerir o stress e dormir as horas necessárias;
- Na dimensão emocional/social é importante manter relações com os outros de afeto, apoio mútuo, respeito, admiração e estabilidade emocional;
- Na dimensão espiritual não implica ser-se religioso, mas sim encontrar um propósito e um significado para a sua vida, mantendo o equilíbrio e a integridade.
Algumas das minhas citações preferidas de Stephen Covey:
“Se vivermos da nossa memória estaremos amarrados ao passado e àquilo que é finito. Quando vivemos da nossa imaginação, estamos ligados àquilo que é infinito.”
“Plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino.”
“Entre o que acontece comigo e minha reação ao que acontece comigo, há um espaço. Neste espaço está minha capacidade em escolher minhas respostas e definir meu destino.”
“O que pode mudar seu pensamento pode mudar seu destino.”
“A tecnologia vai reinventar o negócio, mas as relações humanas continuará a ser a chave para o sucesso.”
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