A Terapia Visual na melhoria da visão

A Terapia Visual moderna é uma evolução da Ortóptica e tem sido praticada por optometristas desde a década de 30 do século passado.

A ortóptica é apenas uma de muitas terapias que são utilizadas na Terapia Visual contemporânea. Saiba mais sobre este programa destinado a recuperar ou melhorar a visão.

Ortóptica, que literalmente significa endireitar os olhos, limita-se a exercícios oculares para tratar problemas de coordenação dos olhos, aumentando a capacidade da fusão binocular. Já os tratamentos utilizados durante a Terapia Visual Optométrica vão muito além da definição e âmbito limitado da ortóptica para o tratamento de distúrbios do sistema visual, pois a visão deve ser entendida como uma colaboração entre os olhos e o cérebro.

A Terapia Visual é um programa usado para desenvolver, restaurar ou melhorar a função visual e a sua performance. Os procedimentos, realizados sob a supervisão de um optometrista, são individualizados de forma a atender às necessidades específicas de cada paciente.

Geralmente envolve uma sessão semanal no consultório com a duração de 30 a 45 minutos, onde o paciente irá aprender como funciona a sua visão e realizará os exercícios mais adequados para a melhorar, bem como sessões diárias em casa onde o paciente irá praticar o que aprendeu no consultório.

O objetivo da Terapia da visão é automatizar o processo visual, não fortalecer os músculos oculares. Não deve ser equiparado a certos programas de exercícios oculares computorizados de autoajuda frequentemente publicitados na internet.

Objetivos da Terapia Visual:

A Terapia Visual é  um tratamento não cirúrgico, eficaz para muitos problemas visuais comuns como: Ambliopia (olho preguiçoso), Estrabismo, Insuficiência de Convergência e algumas dificuldades de leitura e aprendizagem, os seus objetivos incluem:

  • Melhorar a velocidade e precisão dos movimentos oculares;
  • Integrar os movimentos oculares com o equilíbrio;
  • Melhorar processamento da informação visual;
  • Desenvolver o movimento guiado visualmente;
  • Aumentar a estabilidade, flexibilidade e conforto da focagem ocular;
  • Melhorar a atenção visual;
  • Realçar a uso da visão como um sentido que recebe e processa simultaneamente vários estímulos;
  • Consciência visuoespacial, incluindo a lateralidade, direccionalidade e imagens visuais;
  • Integração entre a visão e a audição;
  • Ortóptica (mecânica dos movimentos oculares).

 

A ambliopia ou “olho preguiçoso” e o estrabismo

O “olho preguiçoso”, como é  popularmente conhecido, é uma desordem que afeta cerca de 3% da população e que se caracteriza por perda de visão, num olho ou nos dois, que não é corrigível por óculos ou lentes de contacto e não é provocada por qualquer doença.

O cérebro, por algum motivo, não reconhece completamente as imagens vistas pelo olho amblíope. Isso quase sempre afeta apenas um dos olhos, mas pode-se manifestar com redução da visão em ambos os olhos.

A oclusão de um dos olhos é o tratamento convencional usado há mais de 200 anos. É um modelo baseado na estimulação “forçada” do córtex visual do olho amblíope, num modo de tratamento monocular que implica tapar o olho bom, não obstante ignorar o facto de a ambliopia ser um problema intrinsecamente binocular.

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