Partos provocados envolvem riscos?
Será que os partos provocados tem riscos para o bebé?
Se os partos provocados acarretam perigo ou algum risco, é uma dúvida que muitas mulheres tem.
Tanto por razões de comodidade como por necessidade médica, os partos provocados representam actualmente 20 por cento dos nascimentos. Um recente congresso médico acaba de fazer o ponto da situação sobre esta prática, cada vez mais frequente.
Subitamente a jovem toca no ventre com um esgar de dor e o futuro papá compreende que terá de partir rapidamente para a maternidade. Este cenário clássico poderá estar um dia completamente ultrapassado.
Os partos acontecem cada vez mais com hora marcada e certas equipas médicas não têm a menor dúvida em propor esta escolha aos futuros pais. Algumas mulheres preferem esta solução por diversas razões: moram longe da maternidade ou não têm quem lhes fique com os outros filhos.
Para as equipas médicas, as vantagens são evidentes – acabam-se as urgências das noites de Lua cheia, o acordar cinco vezes por noite, etc. É preferível dar à luz com um médico fresco e bem-disposto, da parte da tarde, do que com um obstetra esgotado às quatro horas da manhã.
Condições necessárias para partos provocados!
Nem sempre é possível provocar um parto quando se quer. Há várias condições que têm de estar reunidas à partida.
Primeiro, é necessário que o término da gravidez tenha sido estabelecido com rigor, já que não se pretende fazer nascer bebés prematuros. Seguidamente, é necessário que o parto não apresente problemas: nada de más posições do bebé que exijam uma cesariana, por exemplo.
Finalmente, será necessário que o colo do útero esteja maduro – isto é, que esteja maleável e ligeiramente aberto; em resumo, pronto para o nascimento. O desencadear do parto não modifica significativamente a data do acontecimento, e 30 por cento das mulheres programadas têm partos espontâneos antes da data prevista.
Perigos para o bebé dos partos provocados!
Há duas maneiras de desencadear um parto. A mais clássica consiste em romper a bolsa das águas e em fazer correr uma perfusão endovenosa de occitocina, o que provoca as contracções. Esta técnica induz um parto com bastante rapidez, muitas vezes nas seis horas seguintes.
O outro método induz o parto com mais suavidade, mas geralmente com maior demora: o médico aplica um gel de prostaglandinas em contacto com o colo do útero. Seja qual for a técnica utilizada, o parto decorre depois normalmente, sem riscos específicos.
A prática do parto provocado não deve ser imposta: haverá sempre futuras mães que preferem que seja a natureza a agir.
Menor permanência na maternidade:
Há vinte anos atrás, o tempo médio de permanência na maternidade era de dez dias. Com a passagem dos anos, este período tem vindo a diminuir e, quando tudo corre bem, estes estabelecimentos mandam as recentes mamãs para casa dois ou três dias após o parto.
“A redução no tempo de permanência deve ser uma opção oferecida às mulheres, e não uma obrigação”, afirma o Prof. Roger Henrion, ginecologista-obstetra da maternidade de Port Royal, na região de Paris. Com efeito, o voltar precoce a casa é uma fonte de fadiga para a mãe e surgem por vezes alguns problemas – dores tortas, dificuldades de aleitação, depressão pós-parto, etc. As equipas médicas devem, por isso, certificar-se que a mulher deseja realmente ir mais cedo para casa.
Em França, durante uma semana, as parteiras visitam as mães, proporcionam-lhes cuidados de saúde, ajudam-nas quanto ao aleitamento e ao princípio da nutrição do bebé.
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