Artrite reumatóide: causas, sintomas e tratamento

A artrite reumatóide é uma realidade cada vez mais presente nas vidas das pessoas.

Bastante conhecida por ser uma doença muito comum nas pessoas mais idosas, sobretudo nas sociedades ditas modernas, a artrite reumatóide é considerada um problema grave que afecta mais de seis milhões de pessoas globalmente.

Em Portugal a enfermidade atinge perto de 40 mil cidadãos, grande parte deles privados de acederem a cuidados de saúde adequados por falta de possibilidades económicas e um Sistema Nacional de Saúde (SNS)deficitário incapaz de suprir as carências básicas dos residentes lusitanos que não possuem uma capacidade financeira que lhes permita optar pelo (multimilionário e) dispendioso sector privado, o qual está somente à disposição de uma ínfima parte dos portugueses.

Os maiores obstáculos à propagação da doença são, no entanto, as concepções erradas que existem em torno desta, nomeadamente o equívoco de que este problema se verifica apenas na “terceira idade”.

Contrariamente a esta ideia, a artrite reumatóide pode surgir em qualquer fase da vida, sem excepções, inclusive na infância, pois os factores na base do seu aparecimento são de natureza muito diversificada.

Porém, nos jovens e crianças a enfermidade apresenta contornos diferentes dos registados nos adultos, podendo chegar a um momento a partir do qual não evolui mais ou em que desaparece por completo.

 

artrite reumatóide

Complicações de cura à parte, a artrite reumatóide não pode ser considerada um flagelo, embora seja uma doença a ter em atenção nas próximas décadas, especialmente porque as estatísticas demonstram que o número de vítimas desta enfermidade aumenta com o passar dos anos.

Actualmente cerca de dois por cento da população mundial padece deste problema articular inflamatório crónico, ainda que a sua quota de entre os diversos tipos de artrite corresponda apenas a 10/12 por cento, estando a incidência maioritária concentrada no sexo feminino (quase cinco vezes mais do que no masculino) e em indivíduos dos 30 aos 55 anos, apesar de haver casos pontuais em idades abaixo dessas faixas etárias.

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Causas da artrite reumatóide

Embora tenha sido estudada exaustivamente desde que foi “oficialmente” identificada no início do século XIX por Landré Beauvais, as causas efectivas da artrite reumatóide permanecem desconhecidas, o que dificulta consequentemente a procura de uma cura definitiva para o problema.

Todavia, a comunidade médica penda essencialmente para a opinião de que o motivo da enfermidade estará ligado a transformações que ocorram no sistema imunológico, fruto do contacto directo com determinadas proteínas existentes no organismo humano, numa acção que envolverá factores de índole distinta.

A ausência total ou parcial de genes que fornecem imunidade a certas bactérias poderá igualmente ser propícia ao desenvolvimento da doença, embora isoladamente não seja a única causa apontada para a enfermidade.

O mesmo se aplica a eventuais factores de ordem ambiental (tais como, bactérias e infecções virais) e condições do foro hormonal que possam despoletar este tipo específico de artrite.

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Sintomas da artrite reumatóide

Além das incomodativas dores nas articulações, esta estripe de artrite apresenta outros sintomas como a hipersensibilidade naqueles nódulos dos ossos, excesso de calor nas zonas envolventes, inchaço invulgar e simetria das articulações nas quais se sentem estes indícios da enfermidade.

Ardor articular em membros como o pescoço, dedos das mãos e dos pés, tornozelos, ombros e cotovelos também podem ser um prenúncio da doença, geralmente causadora de rigidez das articulações pela manhã por períodos superiores a 30 minutos, cansaço, febre e um grande desconforto em determinadas ocasiões do dia.

O largo espectro de sintomas supra-mencionados torna difícil efectuar um diagnóstico precoce da artrite reumatóide, principalmente na fase inicial da doença.

A pluralidade de indícios não é coincidente na totalidade dos pacientes, além de poderem ser vestígios de outros males, o que implica uma necessidade de os médicos analisarem atentamente o histórico clínico do paciente e realizarem um conjunto de exames físicos (resistência dos músculos, nível de flacidez da pele, força das articulações e condições dos reflexos), testes de laboratório para detectar vírus ou bactérias associadas à enfermidade e raios-X com vista a ser verificado o estado das articulações (também usados posteriormente para monitorizar a evolução da doença nos anos seguintes à sua detecção).

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Tratamento da artrite reumatóide

Doença auto-imune como é, a artrite reumatóide deve ser travada atempadamente para evitar que os (nefastos) microrganismos afectem definitivamente as articulações e as fragilizem, “oferecendo” condições para que estas bactérias comprometam a integridade das várias junções articulares.

O melhor caminho para evitar que tal aconteça ser-lhe-á indicado pelo seu próprio médico e será adaptado a cada paciente, embora compreenda na esmagadora maioria das vezes a conjugação de várias terapêuticas em simultâneo ou sequenciadas de acordo com um ritmo pré-estabelecido e personalizado.

Num primeiro contacto o médico de família irá orientá-lo quanto ao essencial, devendo seguir-se um aconselhamento, por referência deste clínico, de um reumatologista, o qual estará habilitado a sugerir os procedimentos adequados à artrite reumatóide, pois é a sua área de especialização.

Contudo, posteriormente não está eliminada a necessidade de recorrer a outros peritos de campos complementares, apesar de que nestas situações as linhas de orientação lhe sejam explicadas à partida se a elas anuir.

Quanto aos medicamentos mais comuns, a escolha recai frequentemente em fármacos com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias não esteróides que desempenham um papel fundamental na redução das dores e propagação da doença, nomeadamente no que se refere a proteger da deterioração das conexões rotulares, algo bastante normal com o avançar dos anos.

Porém, independentemente dos remédios prescritos o tratamento será individualizado, porque tal como em outras enfermidades também na artrite reumatóide nem todos os pacientes respondem da mesma forma a igual medicação.

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