Tumores cardíacos, o que são, sintomas e tratamento
Os tumores cardíacos, vulgarmente conhecidos como tumores no coração, são um problema de saúde que tendo em conta que o coração é um órgão humano vital, podem ocasionar problemas muito sérios na qualidade de vida da pessoa que os sofre. Está a tonar-se uma doença muito comum e importa salientar que os tumores cardíacos podem afetar qualquer tecido cardíaco, sendo maligno ou benigno, podendo levar o portador da doença à morte.
Os tumores em geral são anomalias que crescem no tecido do nosso organismo, sendo que no caso dos tumores cardíacos eles surgem no coração. Quando detectado precocemente um tumor benigno, o mesmo pode ser curado com uma pequena cirurgia ou medicamentos, porém, quando se trata de um tumor maligno (considerado câncer), o tratamento é mais agressivo. Nos casos em que não é detetado precocemente existe uma grande possibilidade de esses tumores cardíacos não poderem ser curados completamente.
Os tumores cardíacos ou tumores do coração podem primários ou secundários:
Tumores primários ou secundários:
- Tumores primários: São raros, podendo ocorrer com mais frequência na fase adulta. Normalmente, os tumores primários se originam em um dos tecidos do coração. Podem ser cancerosos ou não;
- Tumores secundários: São tumores com mais incidência. Começam em qualquer outro órgão e se espalham atingindo o coração, ou seja, a partir da metástase alcançam os tecidos do coração. Os tumores secundários são sempre cancerosos e mais frequentes que os tumores primários.
Esses tumores são difíceis de serem diagnosticados, pois seus sintomas, quando ocorrem, são semelhantes a diversos problemas cardíacos, por isso, são necessários exames específicos para que o problema seja identificado. Seu diagnóstico depende do alto índice de suspeita do médico, solicitando, logo após, os exames necessários.
Os tumores cardíacos primários são bastante difíceis de diagnosticar, por serem um tipo relativamente raro e porque os seus sintomas são bastante parecidos com os de outras doenças.
Muitas vezes os médicos tem dificuldades porque correm o risco de suspeitar de tumor cardíaco primário num paciente que sofra de sopro cardíaco, ou de arritmia cardíaca, sintomas inexplicáveis de febre ou insuficiência cardíaca (que podem ser provocados por um mixoma).
O diagnóstico é mais claro no que respeita à existência de um tumor cardíaco metastático quando um paciente com câncer detetado em outra parte do corpo, surgem no consultório com sintomas de disfunção cardíaca.
É bastante comum que os tumores cardíacos sejam diagnosticados quando um paciente está a ser submetido a exames por causa de outro problema clínico, como por exemplo, dificuldade em respirar.
Sintomas de tumores cardíacos:
Os tumores do coração são geralmente bastante difíceis de diagnosticar, visto que os seus sintomas são bastante semelhantes aos sintomas de outras cardiopatias. Porém, em muitos casos, a suspeita provém dos seguintes sintomas:
- Insuficiência cardíaca repentina;
- Surgimentos de arritmias;
- Queda brusca da pressão arterial.
Contudo é muito importante fazer diversos exames para dar um diagnóstico fiável, já que estes sintomas não são diagnósticos apenas de tumores e caso não haja prudência no diagnóstico, pode em certos casos levar à falsa sensação de que o paciente possua outra patologia cardíaca.
De forma a detectar os tumores secundários, torna-se importante observar os sintomas gerados pelo câncer noutras partes do organismo, visto que esses tumores, apesar de se iniciarem em outros órgãos, podem ocasionar distúrbios cardíacos no paciente.
É importante salientar que os sintomas podem variar consoante a localização do dito tumor. Se existir entupimento dos átrios ou ventrículos, além da estenose (estreitamento anormal das valvas do coração), as células tumorais podem adentrar na circulação sanguínea e bloquear artérias do pulmão, causando embolia.
Quando ocorre na região do miocárdio ou do pericárdio, pode surgir a arritmia (presença de batimentos cardíacos anormais) e paragem cardíaca.
Exames realizados para detecção de tumores cardíacos:
Alguns exames são completamente essenciais para diagnosticar os tumores no coração:
- Eletrocardiograma: É um exame indolor e simples no qual são amplificados impulsos elétricos ao coração;
- Radiografias: Neste tipo de exame é possível verificar o tamanho e formato do coração. Além disso, marcam os contornos dos vasos sanguíneos ao redor dos pulmões e do tórax;
- Ressonância magnética: É utilizado um potente campo magnético para obter imagens do coração e do tórax;
- Tomografia: Apesar de por vezes não ser utilizada, a tomografia detecta as anomalias estruturais do coração;
- Ecocardiograma: É um dos exames mais utilizados para detectar a patologia cardíaca. Demonstra o coração e os vasos sanguíneos em diversos ângulos e detalhadamente.
Ao contrário do que geralmente acontece com o diagnóstico de tumores na maioria das outras regiões do corpo, os médicos não costumam fazer biópsia de tumores do coração.
Os médicos tendem a considerar evitar, porque a biópsia do coração pode ser bastante perigosa, dependendo da localização do tumor. Além disso, os médicos especialista conseguem geralmente distinguir tumores cardíacos benignos de tumores cancerosos a partir dos resultados dos exames de diagnóstico por imagem.
Tratamento de tumor no coração:
- Nos casos de tumores benignos, é geralmente necessário o tratamento com medicação e em alguns casos também uma intervenção cirúrgica pode ser uma opção para a remoção do tumor. Assim, o paciente pode levar uma vida mais tranquila sem os problemas de saúde causados pelo mesmo;
- Nos casos de diagnóstico de tumores malignos (câncer), o tratamento é feito com medicação mais forte. O paciente é submetido também a radioterapias e/ou quimioterapias para o desaparecimento das células doentes, contudo, em muitos casos, também se torna necessária a intervenção cirúrgica. Nas situações de haver algum tumor secundário, ou seja, uma metástase, o profissional da saúde deve verificar a necessidade de uma cirurgia para determinar uma eficiência no tratamento, pois algumas vezes, o câncer pode ter comprometido não apenas o coração, mas outros órgãos, não havendo mais a cura do mesmo.
- Os rabdomiomas tendem a regredir sem ser necessário tratamento em cerca de metade dos recém-nascidos afetados. Na outra metade, os tumores não crescem mais e não necessitam de tratamento.
É muito raro ser feito o transplante em crianças ou adultos, e apenas os tumores não cancerosos são normalmente considerados para transplante de coração.
Os tumores não cancerosos do pericárdio são na maioria dos casos removidos cirurgicamente sem qualquer problema, mas os tumores cancerosos não são removidos, visto que estes na maioria dos casos tendem a espalhar para alguma parte do corpo.
Caso o tumor secrete líquidos que possam interferir nos movimentos cardíacos, esse líquido pode ser drenado por um dreno de plástico inserido por uma agulha no espaço entre o pericárdio e o coração . Em determinados casos, são injetados fármacos nessa área para retardar o crescimento do tumor.
É importante salientar que é de fato fundamental o diagnóstico do tumor no coração o mais precoce possível, se for diagnosticado na fase inicial o tratamento terá uma eficiência muito melhor e o paciente pode ser curado do tumor cardíaco, podendo levar a sua vida com mais tranquilidade.
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