11 Mitos sobre Diabetes que a maioria das pessoas pensam ser verdade
Existem diversos mitos acerca da diabetes que importa desvelar
As convicções populares são pródigas em mitos acerca da diabetes e da condição de diabético.
Importa descontruí-los em favor da informação, até porque, estas narrativas pintam um cenário bem mais negro do que ele é na realidade.
MITO 1 – Nada pode ser feito para prevenir as complicações da diabetes.
Está mais do que provado que o risco de complicações da diabetes pode ser prevenido através de um controlo adequado dos níveis de glicémia, da tensão arterial e do colesterol. O diabético pode viver com qualidade de vida, graças ao controlo e vigilância adequada.
MITO 2 – Os produtos “diet” ou “light” podem ser consumidos à vontade por diabéticos.
O diabético não deve ficar-se pelas frases promocionais do fabricante e deve ler sempre os rótulos destes produtos para perceber se há ou não açúcares “escondidos”, como os açúcares naturais da fruta. Além disso deve também confirmar a quantidade de hidratos de carbono e de calorias.
MITO 3 – A insulina provoca dependência.
A insulina não provoca dependência. Um exemplo claro disso, é o facto de muitas mulheres que tiveram diabetes gestacional e foram medicadas com insulina, deixam de ter diabetes depois do parto, deixando também de administar insulina ou qualquer outro tipo de medicação.
MITO 4 – As pessoas com Diabetes têm de ter uma alimentação completamente diferente das outras pessoas.
A alimentação de um diabético deve reger-se pelos princípios de uma alimentação saudável, ou seja: ser equilibrada, diversificada e completa.
Para um diabético, da mesma forma que para toda a restante população, devem ser adoptados princípios básicos como: seguir as indicações da roda dos alimentos, fazer as refeições com intervalos regulares, beber litro e meio ou dois litros de água ao longo do dia e preferir os alimentos grelhados, cozidos ou estufados aos fritos e molhos gordos.
MITO 5 – As pessoas com Diabetes não podem ingerir açúcar.
As pessoas com Diabetes não precisam de eliminar o açúcar (sacarose) ou os alimentos ricos em açúcar (produtos de pastelaria, refrigerantes, chocolates).
Podem incluí-los em quantidades pequenas, se conjugados com uma refeição completa, e desde que tenham os valores de glicemia dentro dos valores adequados. No entanto, o consumo deste tipo de alimentos tanto para os diabéticos, como – mais uma vez – para população em geral, deve ser a exceção e não a regra.
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MITO 6 – O diabético não deve comer nada antes de deitar, pois vai fazer com que os valores de glicémia aumentem ao acordar.
Falso. A hiperglicemia matutina é frequente nos diabéticos e acontece devido ao efeito de Dawn, um fenómeno de libertação de hormonas que acontece durante a noite e que aumenta a glicemia e a resistência à insulina.
Mas, para que este fenómeno possa ser contornado, o diabético deve precisamente, e ao contrário do que se pensa, fazer uma refeição ligeira antes de dormir.
MITO 7 – As pessoas podem ser “pouco” diabéticas ou “muito” diabéticas.
O que pode variar é o maior ou menor controlo da doença e, em consequência disso, a ocorrência ou não de complicações.
Os indivíduos que têm a sua diabetes mais descontrolada correm riscos mais elevados de ter complicações.
A diabetes é uma doença crónica com a qual a pessoa terá de lidar toda a vida, não se aplicando o conceito de ser muito ou pouco diabético.
MITO 8 – Quem ingerir grandes quantidades de açúcar pode ficar diabético.
A causa da diabetes não tem de estar necessariamente relacionada com a quantidade açúcar que ingerimos. A diabetes tipo 1 é causada pela destruição das células do pâncreas que produzem insulina, no caso da diabetes tipo 2, resulta da incapacidade do organismo responder à insulina.
Na maioria dos casos, a tendência para ter diabetes tipo 2 relaciona-se ainda com uma herança genética. O consumo excessivo de açúcares pode é levar a um aumento de peso que, esse sim, está relacionado com o aparecimento da diabetes.
MITO 9 – As mulheres diabéticas não devem engravidar.
As mulheres diabéticas podem engravidar e, com um bom controlo no período pré-natal, durante a gestação e no pós-parto, há todas as condições que tudo decorra sem complicações.
No entanto, as mulheres diabéticas devem, antes de engravidar, fazer uma consulta pré-concepcional, para fazer controlo metabólico entre outras razões. Só assim poderão assegurar que tudo decorrerá sem problemas.
MITO 10 – As pessoas com diabetes tipo 1 são as únicas a precisar de insulina.
Pode acontecer que, mesmo com cuidados diários e medicação, haja um descontrolo da diabetes tipo 2, o que pode levar que a insulina seja necessária para o controlo da hiperglicemia.
MITO 11 – A diabetes tipo 2 é uma doença menos grave que a diabetes tipo 1.
Existe este ideia pelo facto de a diabetes tipo 1 estar associada à insulina injetável e atingir na maioria das vezes crianças ou jovens. No entanto, apesar do diabético tipo 2 não ser insulinodependente, se a doença não for controlada é tão ou mais grave que a diabetes tipo 1.
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Aprender a viver com a diabetes
É importante procurar a prevenção de diabetes já em criança, para tentar a inversão do crescimento de número de casos de pessoas com diabetes.
É importante estar bem informado e não se deixar levar por crenças ou mitos populares sobre a diabetes, que se vão propagando por gerações.
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