A infertilidade – tudo o que deve saber sobre este problema!
A infertilidade é, nos nossos dias, um problema muito comum.
O seu casamento foi em geral cerca dos 25 anos de idade (após o curso) e nos primeiros anos, o casal dedicou-se a estabilizar a sua vida familiar e profissional.
A compra da casa, o mobiliário, a compra do primeiro automóvel e mais importante do que todo o resto com um contrato a prazo, não se pode pensar em ter filhos.<
Tudo isto, leva a que só mais tarde se pense no primeiro bebé. Após três ou quatro anos de casamento, pensam os pais ser a altura ideal para conceber o seu tão ansiado bebé.
No entanto, começa a sua frustração, quando após cinco os seis meses de tentativas, a gravidez, tão desejada, não surge.
As probabilidades de uma gravidez, num casal fértil, são de 90% ao fim de um ano, se esse casal mantiver um relacionamento sexual ativo periódico sem utilizar qualquer anticoncetivo.
Quando não acontece uma gravidez ao fim deste período, é possível pensar-se num qualquer problema de infertilidade e convém que consultem um especialista.
A visita ao ginecologista
Se o casal não frequentou, como deveria ter feito, a consulta de planeamento familiar, é nesta altura que o médico iniciará todo o processo.
A esta consulta deverão ir os dois e o clínico iniciará com a história clínica do casal (anomalias genéticas, doenças, tipo de vida, práticas sexuais, características do ciclo menstrual, características dos progenitores…).
Não deverá o casal esquecer-se de mencionar qualquer facto, mesmo que não pareça relevante, pois, ele poderá dar uma pista sobre as causas da possível infertilidade.
Além das provas habituais o clínico poderá requisitar de imediato:
* Análises sanguíneas – para traçar o perfil imunológico do casal.
* Um Espermograma – este estudo poderá evitar outras provas de maior dificuldade para a mulher, caso o problema esteja relacionado com os espermatozoides:
– Escassa quantidade
– Fraca mobilidade
– Fraca qualidade
Deverá ser efetuado após 38 horas de abstinência e poderá ser repetido, visto os valores poderem ser alterados em virtude de uma simples gripe.
O médico indicará também à mulher que faça um gráfico da sua temperatura basal durante alguns ciclos, a fim de avaliar a sua ovulação.
Após o resultado destes primeiros exames o ginecologista poderá mandar realizar um estudo Pós-coito.
Este exame, realizado a partir de uma amostra de fluxo vaginal (após ter o casal mantido relações sexuais num dos dias férteis), serve para avaliar a compatibilidade entre o muco cervical, o sémen e a qualidade dos espermatozoides.
Também, para obter informações sobre a permeabilidade das trompas ou anomalias no útero, o clínico mandará realizar uma histerosalpingografia. E assim começa um longo percurso.
Com o passar do milénio… a esperança
Há cerca de 33 anos (25 de Julho 1978) nasceu Louise Brown, a primeira bebé-proveta. Leslie Brown, a mãe da bebé, que devido a um defeito nas trompas de Falópio, tentara desesperadamente ter filhos durante 9 anos, submeteu-se a uma técnica desenvolvida pelos médicos britânicos Patrick Steptoe e Robert Edwards, do Hospital de Oldham, no Reino Unido.
A técnica – fertilização in vitro – como foi batizada na altura, consistiu em retirar os óvulos da mãe, colocá-los num tubo de ensaio e fazê-los fertilizar por contacto com o esperma do pai de Louise.
Quando os óvulos começaram a dividir-se, dando origem a novas células, um desses óvulos foi implantado no útero de Leslie, onde se desenvolveu.
Louise, a primeira bebé-proveta do mundo, nasceu prematura com 2,600 quilos de peso, através de uma cesariana.
Hoje, muito longe vão esses tempos e muitos são os bebés que através das mais variadas técnicas, nascem em todo o mundo, através de reprodução medicamente assistida.
Muitos caminhos para vencer a infertilidade
Com a evolução da ciência, muito embora ainda haja um longo caminho a percorrer, são poucos os casais que se vêem privados do desejo e ambição de serem pais.
Alterações genéticas graves num casal ou a falta do útero, podem ser as poucas causas que impeçam essa ambição.
Entre as técnicas mais habituais podemos destacar:
– Tratamento Hormonal – Para o homem ou para a mulher, activa a produção e melhora a qualidade dos óvulos ou dos espermatozoides.
O seu êxito depende da técnica de reprodução assistida que se utilize a seguir (Inseminação intra-uterina ou FIV- Fecundação in vitro).
– Inseminação intra-uterina – é a técnica menos invasiva e é geralmente confundida com a Fecundação in vitro.
– Fecundação in vitro – recorre-se a esta técnica quando existe uma obstrução de trompas ou condutos, um problema ovárico ou ainda se o esperma é de baixa qualidade.
– Microcirurgia – uma intervenção que consiste em eliminar mediante um cateter a obstrução da trompa (na mulher) ou o conduto do sémen (no homem). Esta intervenção é realizada com anestesia geral.
– Injeção intracitoplasmática – é a técnica mais actual e utiliza-se quando o sémen não é rico em espermatozoides, ou ainda, quando estes são de baixa qualidade. É uma técnica muito semelhante à da Fecundação in vitro.
Enquanto que com a Fecundação in vitro, se juntam os óvulos aos espermatozoides numa proveta, com esta técnica, introduz-se diretamente no interior do óvulo um só espermatozoide.
Esta técnica é realizada com uma micro agulha e um microscópio de alta precisão.
Infertilidade
Linha Verde: 800 200 191
Uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Medicina Reprodutiva (SPMR) que está preocupada com um problema que afeta milhares de pessoas.
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