Alergia ao pólen nas crianças
O aumento das dificuldades respiratórias e dos problemas desta natureza nas crianças é um facto consumado que há muito se tem vindo a agravar. Embora o flagelo mantenha contornos de suavização graças a terapias convencionais e alternativas, não deixa de ser uma questão merecedora de atenção, sobretudo numa altura em que se prevê o aumento substancial do custo para aceder aos cuidados de saúde primários em Portugal com as múltiplas taxas que se avizinham a curto e médio prazo.
No leque de enfermidades que afectam as crianças em território nacional, a mais comum é a hipersensibilidade a certas substâncias, nomeadamente a alergia ao pólen. Este é o tipo de aversão “emblemática” nos primeiros anos de vida, mas perfeitamente curável se identificada a tempo, uma vez que os procedimentos da medicina actual já permitem uma abordagem mais efectiva ao problema. A “receita” para alcançar o sucesso nesta tarefa é precisamente essa, detectar precocemente a dita repulsão ao pólen e aplicar os respectivos métodos disponíveis e ajustados à sua resolução atempada.
Períodos críticos para as alergias
As fases de maior aflição para quem sofre de alergia ao pólen surgem principalmente na Primavera e Outono, as estações da “muda das folhas” que polvilham o ar de pólen, e durante as quais a presença deste último é muito sentida por quem padece daquela enfermidade. Contudo, também ao longo de todo o Verão as crises de alergias podem tornar-se frequentes, pelo que convém ter sempre à mão um bom desobstruente de vias respiratórias e um creme anti-abrasões de pele.
No caso das crianças é fundamental que se tenham cuidados adicionais nos produtos a escolher – o que não implica um desleixo na selecção destes para adultos –, pois várias das soluções disponíveis no mercado são (quase) exclusivas para adultos ou, em grande parte, contra-indicadas para crianças de tenra idade. Por isso, não ceda à tentação de se auto-medicar. Consulte o seu médico de família antes de adquirir quaisquer produtos de combate às alergias dos mais pequenos ao pólen.
Ainda relativamente à fonte da alergia ao pólen é importante sublinhar que as plantas e árvores podem despoletar reacções alérgicas mesmo em épocas que não as supra-ditas, pelo que pessoas com familiares ou tendência própria a este género de aversões devem evitar ter nas suas habitações flora cuja renovação das folhas implique a libertação de pólen em grandes quantidades ou se encontre no exterior e, logo, acessível à polinização pelas abelhas e outros animais que contribuem para essa acção determinante para o meio ambiente, embora tão pouco benéfica para quem sofre de alergias.
Identifique antes, trate depois
Nas situações em que as crianças não foram diagnosticadas à nascença com alergia ao pólen (um teste complicado de efectuar nos primeiros meses de vida) é necessário estar atento aos sintomas que vão aparecendo, dado que facilmente se confunde uma simples constipação com uma crise alérgica. Assim, ganha especial relevância conhecer alguns dos sinais mais característicos da aversão ao pólen para que o diagnóstico caseiro seja bem efectuado e não tenha de se deslocar desnecessariamente ao hospital para descobrir que afinal a criança tem apenas uma banal constipação.
Nesse sentido, tome nota que a alergia ao pólen se manifesta na sua essência por olhos vermelhos e lacrimejantes, espirros constantes, congestão nasal com nariz entupido e corrimento nasal, peito carregado e irritação dos glóbulos oculares. Já na constipação os doentes ficam inicialmente moles e muito cansados, sendo mais tarde batidos por febre, dores em várias partes do corpo e dificuldade em respirar, acompanhados por espirros e olhos muito vermelhos, que se mantêm assim até que os medicamentos causem efeito.
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