Atenuar os efeitos da asma nos idosos
Um dos maiores problemas respiratórios da terceira idade é o agravamento das crises de asma nos portadores desta doença, ainda que a tendência venha registando uma descida na última década, mantendo-se, mesmo assim, demasiado “representada” nesta faixa etária que geralmente inspira cuidados redobrados.
Porém, um estudo recente de Ludmila Gomieiro, divulgado no início deste ano, revela que a prática desportiva regular e a manutenção de um plano de exercícios respiratórios frequente, preferencialmente diário, reduz de forma substancial as probabilidades dos ataques de asma, tanto melhor quanto mais adequadas forem as práticas ao indivíduo.
No caso dos idosos, a investigação daquele clínico revela ser fundamental colocar os exercícios respiratórios em primeiro lugar e dar-lhes prioridade sobre actividades que possam diminuir a sua importância no quotidiano. É inclusivamente recomendado usufruir de todos os meios à disposição para incutir o contra-hábito do sedentarismo, tantas vezes comum nas instituições – seja ou não por carência de funcionários – e no próprio círculo familiar.
As indicações que se podem ler no estudo de Ludmila Gomieiro sublinham a urgência de contrariar a natural queda da actividade física com o avançar da idade, sobretudo na eventualidade de se identificarem sintomas como a falta de ar, guinadas no peito e tosse, os três principais sinais da asma geriátrica. Nestas situações, bem como no geral, evitar a exposição prolongada ao fumo ou poeiras é essencial, sendo igualmente importante procurar manter os idosos em espaços amplos com boa circulação de ar.
O investigador conclui ainda que ajudar indivíduos de faixas etárias mais avançadas a vencer os medos habituais nestas idades – receio de cair e não ter socorro ou conviver em espaços desconhecidos – para que tenham a autonomia suficiente para realizarem sozinhos, sem recorrem a terceiros (embora sob vigilância destes), os exercícios respiratórios para atenuar ou até eliminar as consequências nefastas da asma. Assim, o idoso não só ganha bastante autoconfiança como também melhora as suas capacidades pulmonares, algo absolutamente vital.
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