Idade e parto vaginal são causas frequentes de prolapso genital
O prolapso genital pode ter diversas causas.
Cerca de 20 por cento das mulheres são submetidas, ao longo da sua vida, a cirurgias para tratamento das disfunções do pavimento pélvico, sendo o prolapso genital uma dessas situações.
Quando os sintomas se manifestam podem ser ligeiros ou de tal maneira graves que impedem uma boa qualidade de vida.
“Os órgãos pélvicos são constituídos pela vagina, útero, bexiga, uretra e reto. São suportados e mantidos na sua posição anatómica normal pelo pavimento pélvico, constituído essencialmente pelos ossos da bacia, músculos e por tecido conjuntivo especializado chamado fascia.
Se o suporte muscular e/ou fascia romperem ou enfraquecerem inicia-se o processo de formação do prolapso genital”, explica António Fonseca, Coordenador da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Lusíadas Lisboa.
Por isso justifica:
“A idade e os partos por via vaginal são as principais causas do prolapso genital. As causas menos relevantes incluem a menopausa, a cirurgia pélvica anterior, a intensa atividade física, fatores genéticos e fatores que aumentam a pressão intra-abdominal como obstipação, obesidade e tosse crónica”.
Muitas vezes não existem sintomas associados. “Mas, quando existem, os principais são a sensação de massa ou peso pélvico, dores pélvicas ou lombares, perda de urina com o esforço, queixas de disfunção sexual e queixas de pressão pélvica que se agravam com o esforço, posição de pé, tosse e no final do dia”. Esclarece o médico.
O diagnóstico é essencialmente clínico, assente na história médica, observação, exame ginecológico e retal.
“Após o diagnóstico, o tratamento é fundamentalmente cirúrgico, embora nas doentes com contraindicação cirúrgica ou que recusem a cirurgia, podemos optar por uma terapêutica conservadora, não definitiva, com recurso a medicamentos”. conclui António Fonseca.
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