O que é um Acidente Vascular Cerebral (AVC)?
A vida moderna processa-se a um ritmo verdadeira e excessivamente alucinante, facto que tem provocado sérios problemas a diversos níveis, sobretudo no que diz respeito à saúde. Um dos maiores entraves de hoje é uma das principais causas de morte evitáveis nas sociedades contemporâneas, o acidente vascular cerebral, cuja incidência nos países desenvolvidos cresceu vertiginosamente nas últimas três décadas.
Embora o número de vítimas deste flagelo dos séculos XX e XXI já mereça uma atenção dedicada de instituições médicas e clínicos, grande parte da população continua sem perceber exactamente o que é um acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, o Inspire Saúde inicia com o presente artigo uma série de textos dedicados a explicar, de forma simples e concisa, em que consiste a doença, como detectá-la atempadamente, como preveni-la e lidar com ela quando é contraída.
Abordando o tema pela sua génese, convém esclarecer que esta enfermidade é também conhecida, entre a comunidade médica e a população em geral, por derrame cerebral e mais cientificamente por acidente vascular encefálico (AVE). Todas estas expressões designam um e o mesmo problema, uma hemorragia craniana que ocorre na sequência da ruptura de vasos sanguíneos cerebrais, do qual resulta o impedimento da irrigação adequada do tecido cerebral, uma anomalia que potencia o aumento significativo da perda de controlo sobre algumas funções neurológicas elementares, nomeadamente dos movimentos, raciocínio e fala.
Em Portugal, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) estima que os AVC sejam responsáveis por duas mortes a cada hora que passa, sendo que o internamento em consequência de acidentes vasculares cerebrais ascende a 25 mil casos por ano, fazendo com que o país mantenha a taxa mais elevada de vítimas desta doença na União Europeia. Ainda assim, em pouco mais de quatro anos as fatalidades caíram para metade (eram quatro mortos/hora em 2006), o que deixa bons indicadores para o futuro, apesar de continuar a existir bastante trabalho pela frente no combate à enfermidade que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge uma em cada seis pessoas em todo o mundo.
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