A dor é a primeira razão para procurar aconselhamento clínico e, tanto quanto possível, médico e especializado. Conheça diferentes formas de lidar com este problema.
Na maioria dos casos trata-se de um episódio passageiro, bem identificado no tempo e no corpo, como resposta a um estímulo (dor aguda). Noutros casos, desenvolve-se ao longo da vida e acaba por se estabelecer como uma doença com sinais e sintomas próprios (dor crónica).
A dor crónica repercute-se na globalidade do indivíduo com implicações a nível das suas capacidades e funções (dor total). Depende da experiência e emoções passadas, pelo que é entendida como individual e subjetiva. O desafio do tratamento da dor torna-se assim difícil, porque é único para cada doente e diferente de individuo para individuo.
Para dar uma cobertura terapêutica mais abrangente, recorre-se a meios farmacológicos e não farmacológicos, de forma a aceder a um conjunto de práticas e saberes complementares no tratamento da dor.
Dos primeiros destacam-se os medicamentos analgésicos (compostos químicos, produzidos industrialmente) que atuam no organismo diminuindo ou cessando a dor. Outras substâncias, mais ou menos naturais, atuam também quimicamente no corpo, produzindo efeitos semelhantes, ainda que carecendo mais ou menos, de validação científica. Nas formas não farmacológicas, recorre-se a um conjunto de agentes físicos ou técnicas especiais de acordo com os recursos utilizados (naturais ou não).
As técnicas de medicina física e de reabilitação são tradicionalmente as mais conhecidas e procuradas como alternativas. Implicam diferentes meios e medidas de aplicação e são geralmente bem aceites, ainda que nem sempre completamente satisfatórias. Entres estas técnicas considera-se o frio (na dor aguda, inflamatória ou traumática) ou o calor (na dor resultante de uma contratura muscular), como formas mais básicas, naturais e tradicionais de alívio de dor.
A massagem, a fricção ou a compressão dos tecidos como a pele ou o músculo, são também técnicas válidas de alivio da dor, quer seja aguda ou crónica, embora aqui necessariamente englobadas num conjunto mais vasto de formas e meios de atuação terapêutica.
As técnicas terapêuticas de cariz psicológico envolvendo a componente psicológica da dor, sempre mais ou menos valorizada por cada um de nós, são também hoje em dia muito utilizadas e com resultados favoráveis, particularmente nos casos de dor crónica.
Importa referir que o segredo do sucesso no tratamento da dor reside naturalmente em cada um de nós, na capacidade de nos motivar e superar adversidades, particularmente onde a dor e o sofrimento deixam marcas profundas ao longo da vida
Atualizado a:
