Úlceras: dor no estômago que incomoda
Vamos falar sobre úlceras, dores no estômago e refluxo que um terço da população, sofre regularmente.
Estas perturbações, geralmente, não são graves. Contudo não hesite em consultar um especialista se os sintomas persistirem.
Fazer refeições demasiado pesadas ou ingeridas os alimentos muito rapidamente, pressão profissional ou stress no trabalho, preocupações familiares, problemas financeiros, etc. São na realidade inúmeras as circunstâncias que podem influenciar a digestão e desencadear perturbações estomacais.
Geralmente, este órgão contrai-se apenas o necessário para formar o bolo alimentar, que é, em seguida, alterado pelo suco gástrico. Uma etapa essencial que permite a absorção posterior dos alimentos pelo intestino delgado.
Segregado diariamente, o suco gástrico compõe-se de uma mistura de enzimas digestivas e ácido clorídrico. Portanto, o conteúdo do estômago é ácido. Mas a natureza previu dois meios de protecção: uma camada de muco isola a mucosa do estômago e a sua parte superior está munida de uma pequena válvula anti-refluxo que impede as regurgitações de ácido para a boca.
Infelizmente, esta bela organização pode ser perturbada pelos maus hábitos alimentares ou pela tensão acumulada. Aparece, então, todo um cortejo de perturbações mais ou menos incómodas que não devem ser negligenciadas, sob pena de vir a transformar-se em verdadeira doença.
Perturbações do comportamento alimentar favorecem os refluxos, as pessoas que têm problemas alimentares ligados ao stress ou a perturbações psicológicas graves são frequentemente afectadas por regurgitações ácidas. Assim, a bulimia é amiúde acompanhada de pirose. «Estas disfunções digestivas são frequentemente negligenciadas», na opinião do Dr. Philipe Serog, nutricionista. O médico deve identificá-las, porque os pacientes não as referem espontaneamente. Uma vez identificadas, é fácil tratá-las.
Aliviar a acidez do estômago.
Os ácidos são geralmente o sinal de um refluxo gástrico. Esta disfunção digestiva é uma das mais frequentemente observadas e perto de 40 por cento da população sofre deste mal, nem que seja de forma episódica. É do domínio da automedicação. Mas convém dar-lhe atenção, porque algumas formas mais graves exigem cuidados especializados.
• Origem das úlceras e da acidez no estômago
A subida do conteúdo do estômago para o esófago está ligada ao mau funcionamento do sistema anti-refluxo. Por razões ainda mal elucidadas – muitas vezes devido a uma fragilidade individual – o esfíncter inferior do esófago distende-se, de forma transitória ou prolongada, e deixa de assegurar a separação eficaz das duas cavidades.
Frequentemente esta deficiência é acompanhada por uma disfunção da motricidade digestiva e por uma hipersensibilidade da mucosa esofágica. O refluxo pode igualmente estar associado a uma hérnia do hiato esofágico, ou seja, à ruptura da parte superior do estômago no tórax.
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• Sinais de alarme
Em cerca de setenta por cento dos casos, o refluxo manifesta-se por regurgitações ácidas mais ou menos dolorosas. Desencadeiam-se ao dobrar-se para a frente ou produzem-se após as refeições. Mas também podem ocorrer outros sinais menos específicos.
Leve-os em consideração na presença de náuseas, perturbações sem explicação de origem otorrinolaringológica (rouquidão, dores de ouvido ou garganta), pulmonar (dificuldade respiratória, tosse nocturna) ou cardíaca (dor localizada por detrás do esterno).
A importância das regurgitações não traduz a gravidade do refluxo. Mas se for negligenciada, pode conduzir, a longo prazo, a uma verdadeira inflamação do esófago, nomeadamente, à presença de uma hérnia do hiato esofágico.
Na maior parte dos casos, a descrição dos sintomas permite ao médico efectuar o diagnóstico e solicitar exames complementares em caso de dúvida ou de suspeita de outras complicações. Então faz-se uma endoscopia (exploração do estômago através de um tubo introduzido no seu interior) e/ou um registo da acidez do esófago (pHmetria).
Agora já sabe um pouco mais sobre Úlceras e dores no estômago!
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