A despedida do biberão, quando e como a criança deve deixar o biberão?
Convencer o bebé a deixar o biberão pode, muitas vezes, considerar-se uma grande aventura. Entre os 12 e os 18 meses considera-se a altura ideal para que o bebé abandone o biberão. Todavia, há que iniciar estratégias sem retirar abruptamente o biberão à criança. Se os pais não iniciarem estas estratégias, suprimindo a sua utilização paulatinamente, a utilização do biberão pode manter-se ainda por largos meses.
A primeira medida passará pela criança começar a utilizar o seu copo anti-gota para beber a água ou sumo às refeições. Para além de começar a treinar e a desenvolver novos estímulos, a criança mais facilmente se vai habituando a deixar gradualmente o biberão.
Para iniciar esta etapa, os pais têm que ter muita paciência!
Os novos artefactos que ajudam a criança a deixar o biberão:
Para iniciar esta etapa, os pais têm que ter muita paciência e não pretenderem que a criança abandone “o seu amigo” de um momento para o outro. Esta é a sua segunda perda!
Teve de abandonar a maminha e esta foi substituída pelo biberão, agora irá ter mais um desgosto – a retirada do biberão!
Uma das melhores formas de adaptação aos novos objetos, agora que a criança já tem uma alimentação sólida, será permitirmos que o bebé se sente ao nosso lado nas horas das refeições.
Para além de participar de uma atividade familiar, terá oportunidade de observar os seus pais a utilizar novos utensílios. Verificará que os pais bebem por um copo, que comem a sopa com uma colher e até comem com um garfo e uma faca.
Ao observar as refeições familiares, terá oportunidade de não só ver esses novos utensílios como a forma como os manejam.
Como em tudo, os pais são agora um modelo que tentam imitar. Se durante a refeição, a criança estiver sentada na sua cadeirinha da papa, poder-lhe-ão oferecer o seu copo evolutivo com água para que vá treinando esta nova habilidade.
Estes copos são, em geral, fáceis de manejar, pois possuem duas asas e não existe o perigo de verterem os líquidos. Muitos são do tipo “sempre em pé”.
Encontram-se há venda nas farmácias ou lojas especializadas em puericultura.
No início podemos dar-lho vazio, para que brinque com ele e o investigue e como as crianças descobrem os objectos com a boca, chupando-os, provavelmente levá-lo-á à boca.
“Para além de começar a treinar e a desenvolver novos estímulos, a criança mais facilmente se vai habituando a deixar gradualmente o biberão”
As primeiras tentativas de deixar o biberão!
Quando a criança já estiver familiarizada com o copo evolutivo, porque já brincou com ele e o explorou, pode iniciar a sua primeira prova.
Para isso, os pais podem deitar no copo um pouco de água ou de sumo. Depois devem aproximar o copo dos lábios, e quando a criança abrir a boca, deixar que caiam umas gotas. O primeiro passo já está dado.
A criança ficou a saber que aquele objeto serve para beber.
Mesmo que os pais fiquem preocupados porque a criança não bebe a mesma quantidade de leite pelo copo que bebe pelo biberão, durante as primeiras semanas deverão alternar – biberão/copo – até que a criança se habitue.
As refeições sólidas podem ajudar na tarefa.
Ao almoço, por exemplo, se está a comer as massinhas, pode colocar-se o seu copo com água para que vá bebendo.
Com a rotina, passará a saber que às refeições deixará de ter o biberão da água para ter apenas o seu copinho evolutivo.
O biberão da noite é habitualmente o último a eliminar.
As crianças, apresentam-se, em geral, mais renitentes para abandonarem este amigo que as consola antes de adormecer. Todavia, com muita paciência este último reduto da amamentação acaba por se eliminar umas semanas ou poucos meses mais tarde.
Muitas mães vão mantendo o biberão ao bebé porque esta transição também as afeta
A saudade materna!
Muitas mães vão mantendo o biberão ao bebé porque esta transição também as afeta. Elas sentem de igual foma o abandono do biberão.
Quase idêntica à sensação que lhes produziu o desmame ao bebé, o biberão manteve uma ligação similar com a criança, porque teve inicialmente de lho oferecer, como se o amamentasse.
Sentava-o ao colo, acolhia-o nos braços e, por vezes, até o embalava como quando o amamentava. A utilização do copo ou da caneca deixa-a saudosa desses tempos em que o seu filho era um bebé.
Esses momentos vão-se esfumando dia-a-dia e as saudades do biberão podem afetá-la tanto como ao bebé.
Por isso, algumas mães vão atrasando esta introdução utilizando múltiplas desculpas “assim, não bebe o leitinho suficiente”, “suja-se todo”, “não consigo que ele aceite o copo”, sem verem que subconscientemente são elas que não conseguem eliminar a rotina do biberão.
Para ajudar nesta transição e ultrapassar estes sentimentos de perda, quer da mãe quer do bebé, não há como praticar algumas atividades prazenteiras e que ofereçam a ambos a possibilidade de um contacto próximo.
Brincar ao “arre burrinho”, balancear nas pernas da mamã, rebolarem juntos e uns miminhos extra.
O uso continuado do biberão, para além dos 18 meses, pode prejudicar a dentição porque favorece as malformações dentárias.
Quando por qualquer motivo a criança se nega a beber o seu leite por um copo, a mãe pode oferecer-lhe o leite no biberão, diluindo-o com água, de forma a que este deixe de ter sabor e a criança seja obrigada a recusá-lo.
Para ajudar nesta transição e ultrapassar estes sentimentos de perda, quer da mãe quer do bebé, não há como praticar algumas atividades prazenteiras e que ofereçam a ambos a possibilidade de um contacto próximo.
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