Quando começam as primeiras papas do bebé
Os primeiros alimentos sólidos dados ao bebé.
A introdução dos primeiros alimentos sólidos processa-se geralmente entre os 4 e os 6 meses de idade, para os bebés que têm um crescimento e evolução normais.
É, no entanto, o pediatra que indica à mãe o melhor momento e quais os primeiros alimentos a oferecer ao bebé.
No caso dos bebés prematuros, a introdução dos novos alimentos está sempre dependente da idade gestacional do bebé e da sua evolução.
E, neste caso, a mãe não deve alterar a sua dieta sem consentimento expresso do pediatra, dado que a sua função digestiva e enzimática pode não ter ainda a maturidade adequada.
Os primeiros alimentos
As papas de farinhas de cereais são geralmente a primeira opção, desde que não tenham glúten. Há várias marcas conceituadas no mercado e que permitem alimentar o bebé com segurança.
Prontas para fazer em água ou em leite permitem uma fácil dissolução. Inicialmente o pediatra recomendará que substituam apenas uma refeição. A papa deverá ter uma maior consistência, própria para ser dada à colher. Nesta fase, também é natural que o pediatra mande incluir na dieta do bebé as papinhas de fruta.
A fruta deverá apresentar-se madura e deve ser oferecida ao bebé, passada ou esmagada. As primeiras papas de fruta poderão ser de pera, maçã ou banana. Inicialmente não se recomenda misturar as frutas, pois, cada alimento novo deve ser dado ao bebé com 3 ou 4 dias de intervalo.
Assim, caso o bebé faça uma reacção adversa a um alimento, é sempre possível saber o alimento causador e assim afastá-lo momentânea ou definitivamente da sua dieta. A maçã e a pera podem inicialmente oferecer-se cozidas e passadas em puré.
O iogurte
Também um óptimo alimento para o bebé, com uma consistência apropriada para o seu paladar. Existem diversos tipos de iogurte com consistência e composição apropriadas às diversas etapas de crescimento. A partir do 6º ou 7º mês e sempre de acordo com a dieta que o pediatra achar mais conveniente para a criança, pode utilizar-se iogurte natural, misturado com fruta ou com uma bolacha “Maria”.
Convém sempre oferecer ao bebé o iogurte à temperatura ambiente e assim recomenda-se que seja retirado do frigorífico meia hora antes de o servir.
Sobremesas lácteas e boiões de fruta
Sempre que a mãe não tenha tempo ou possibilidade para preparar a sobremesa para o seu filho, existem à venda, sobremesas próprias para oferecer ao bebé, desde que sejam adquiridas de uma marca conceituada na alimentação infantil.
Os boiões de fruta, podem geralmente ser oferecidos ao bebé na mesma altura que o pediatra recomendou as papinhas de fruta.
Quanto às sobremesas lácteas são geralmente aconselhadas a partir do 5º ou 6º mês, desde que o pediatra o considere aconselhável. Convém verificar sempre na embalagem a idade a que se destinam.
As primeiras sopinhas
O pediatra recomendará que as primeiras sopas não sejam elaboradas com um leque de legumes muito variado. A primeira sopa deverá ter por base batata e cenoura. Não deve acrescentar sal. Depois do puré pronto juntar, em cru, azeite (uma colher de chá por cada porção de sopa).
Posteriormente e à medida que o bebé se vai adaptando aos novos alimentos, a sopinha vai-se enriquecendo com novos vegetais como a abóbora, a cebola, a alface, o alho francês, o feijão-verde, a curgete, entre outros.
O sal e o açúcar
O sal e o açúcar não são necessários na alimentação do bebé pelo que se deve retardar a sua introdução. A partir do primeiro ano, poderá acrescentar-se uma pequena pitada de sal à sua dieta. Quanto ao açúcar, atrase a sua introdução o mais possível e evite os doces.
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As alergias derivadas dos alimentos
Em geral, o leite de vaca é o alérgeno simples mais comum nos bebés. A alergia ao leite de vaca, suspeita-se que afecte de 3 a 5% das crianças pequenas.
Segundo alguns especialistas, os sintomas, após as crianças terem ingerido leite de vaca, caracterizam-se por palidez, vómitos e diarreia. Estes sintomas em geral surgem após a primeira hora e as vinte horas após a ingestão do alimento.
Contudo, há bebés que nos cinco minutos seguintes à ingestão apresentam problemas na pele e de urticária.
Podemos, no entanto, dizer que os principais sintomas de alergia alimentar são gastro intestinais: diarreia, náuseas, vómitos, espasmos, distensão abdominal e dor. Em menor percentagem as crianças podem apresentar reacções dérmicas ou respiratórias.
Esteja atenta e conheça as manifestações alérgicas mais comuns:
• Asma Brônquica: caracteriza-se por episódios de tosse, chiadeira no peito e dificuldade de respirar provocada pela contracção dos brônquios.
• Choque Anafilático: caracteriza-se por reacções generalizadas e agudas que surgem em poucos minutos. Podem começar com comichão nas mãos que se vai alastrando a todo o corpo, gosto de metal na boca, tosse, desmaio e possível paragem cardio respiratória.
• Distúrbio no Aparelho Digestivo: caracteriza-se com a ocorrência de náuseas, cólicas, vómitos e diarreia.
• Edema de Glote: caracteriza-se por inchaço na cavidade interna da garganta, provocando dificuldade respiratória.
• Edemas: caracterizam-se por inchaço e vermelhidão nas mucosas – lábios, pálpebras e orelhas.
• Rinite alérgica: caracteriza-se por comichão no nariz, espirros sucessivos e congestionamento da mucosa nasal, dificultando a respiração.
• Urticária: caracteriza-se pelo aparecimento de placas avermelhadas e inchadas pelo corpo que provocam comichão intensa.
Caso a criança apresente alguma destas alterações após a ingestão de novos alimentos, é importante que a criança seja observada pelo seu pediatra ou na Urgência Pediátrica.
Fonte: Dra Isabel Paz, Pediatra
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