Alimentar corretamente uma criança a partir dos dois anos pode tornar-se um enorme desafio para pais e educadores. Pequeninos à mesa (a partir dos 2 anos).
A verdade é que, mesmo para quem está mais sensível as questões de saúde e equilíbrio alimentar, esta não é de todo uma tarefa fácil. São muitas as ofertas, solicitações e tentações que rodeiam as crianças quando começam a tornar-se um pouco mais autónomas.
As escolas, por exemplo, que muitas vezes apresentam propostas pouco saudáveis, ou até o lanche dos amigos, por vezes mais apelativo do que aquele que foi preparado em casa com todo o cuidado…
Mas também é verdade que a criança é suscetível aos hábitos famíliares e pode (e deve), desde cedo, aprender a escolher o que é melhor para si em todos os sentidos. A aposta numa partilha e educação alimentar famíliar faz todo o sentido, já que a criação dos melhores hábitos só pode vir daí.
Importa referir que, aos dois anos, a criança manifesta uma desaceleração progressiva do seu crescimento físico – ou seja, uma redução na velocidade de crescimento, que se irá manter até cerca dos seis a oito anos.
Esta situação pode levar a que a criança, ao necessitar de ingerir menos alimentos, possa apresentar oscilações do apetite, apresentando mesmo períodos de melhor vontade (príncipalmente no que se refere aos alimentos recomendados para as refeições diárias).
É também a partir desta idade que muitas crianças começam a ganhar peso excessivo. Sendo a obesidade um grave problema mundial e ao qual o nosso país não é alheio, esta é também uma boa fase para não baixar as guardas e manter a alimentação dos mais pequenos debaixo de olho.
É muito comum os pais terem todos os cuidados na alimentação dos seus bebés durante a fase da introdução de ingredientes diversificados, tomando opções equilibradas e muito saudáveis, mas tornarem-se menos exigentes depois dos dois anos, passando até a fazer grandes disparates.
Privilegiar refeições equilibradas e divertidas, dar lugar à imaginação e oferecer uma vasta gama de alimentos pode fazer toda a diferença a partir dos dois anos. Como sempre, deve dar-se atenção às escolhas do menu familiar e manter as refeições com o mesmo critério e grau de exigência.
Não se esqueça: se for necessário adaptar alguma coisa na alimentação da família, é preferível que sejam os adultos a moldarem-se às necessidades das crianças.
Afinal, ninguém tem dúvidas de que o melhor que se pode fazer para ensinar é dar bons exemplos.
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