“Era uma vez uma pequena gota numa nascente de um rio. Era apenas uma gota nada mais que isso. Mas essa simples gota tinha um sonho. Sonhava que um dia, depois de atravessar montanhas e rios, iria ser mar. Ora mas tanta pretensão? Uma simples gota querer ser mar. Ela sabia que era difícil mas também sabia que não era impossível. E agarrando-se a essa esperança seguiu o seu curso natural de rio na esperança de um dia encontrar o oceano.
Passou pelos mais variados desafios; pedras, evaporação, troncos de árvore, entre outros, mas ela nunca desistia sempre com a certeza de que um dia ia encontrar o mar. Outras gotas que partiram com ela acabaram por desistir, nunca chegaram ao fim.
Esta gota de que vos falo foi persistente, teve fé, acreditou no sonho, venceu obstáculos e um dia chegou ao oceano e realizou o seu sonho, ser mar. Hoje essa gota faz parte de um oceano imenso apenas porque sonhou e acredito.”.
Autor desconhecido
Nos nossos tempos fala-se muito de realização de sonhos, autoconhecimento, procura do eu e sermos quem somos na realidade. Com tanta informação corremos o risco de passar de um padrão de obediência extrema para um de irreverência pura. A postura do larga tudo, e vai realizar o teu sonho por si só não me serve. E, atenção, que acredito que somos todos gotas que se podem transformar em oceanos, no entanto, cada uma dessas gotas deve estar preparada para o caminho e para os desafios.
Trabalhar com pessoas faz-me perceber que somos todos únicos e também somos todos muito iguais. Todos temos sonhos, medos, certezas e dúvidas. Todos sonhamos com alguma coisa e só uma reduzida parte se atreve a avançar. Somos muitos a sonhar e poucos a realizar.
Na maioria dos casos os que me procuram já trazem um sonho, uma esperança ou apenas uma vontade. Sorriem tímidos quando o revelam porque acham que pode parecer ridículo, que é impossível, que o mais natural é não chegarem lá. Depois existem os outros aqueles que se impedem de sonhar ou se impedem de verbalizar. Não sabem o que querem, dizem eles, envergonhados de um sonho escondido.
Estas posturas levam-me a pensar na quantidade de ideias que ficam por colocar em ação, na quantidade de sonhos que ficam por realizar e/ou na quantidade de sorrisos que ficam por dar.
Mas hoje falamos dos que sonham. Vamos falar dos que sonham e que se impedem de agir. As boas ideias sem ação de nada valem. As boas ideias sem ação são apenas isso, boas ideias. Quando sonha é importante decidir se quer continuar onde está ou se quer avançar rumo ao seu sonho.
Quando nos decidimos a avançar é importante definirmos o nosso ponto de partida bem como o nosso ponto de chegada. Trata-se pois de definir um plano de ação para que seja mais fácil atingir aquilo que pretende.
Para definir os seus objetivos é importante que se lembre que esses objetivos devem: ser focados nos resultados, estar alinhados com os seus valores, estar focados no positivo.
Faça um plano pessoal de vida. Ao criar um plano vai possibilitar a mudança de hábitos, de atitudes, bem como da sua organização pessoal. Vai também potencializar o seu tempo e os seus recursos pessoais, o desenvolvimento de competências bem como a eliminação de hábitos negativos.
Podia-lhe dizer que é muito fácil e que não vai custar nada. Podia-lhe dizer mas não o vou fazer até porque estaria a mentir. Toda a mudança custa, implica esforço, novas aprendizagens e muita ação. Por vezes irá apetecer-lhe voltar para onde estava e ficar quietinho(a), outras ainda irá arrepender-se de ter dado o primeiro passo. Vão existir momentos em que vai blasfemar e maldizer tudo o que está à sua volta.
Não lhe posso garantir sucesso até porque isso não depende de mim. Não lhe posso garantir que vai ser à primeira nem sequer que vai ser exatamente como tinha planeado. Posso apenas garantir-lhe satisfação quando de gota passar a ser oceano.
Pronto(a) para começar?
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