O corpo é que paga
Normalmente, quando sentimos alguma dor, seja ela qual for, a última coisa em que pensamos é que ela possa ser uma mensagem direta no nosso organismo (tido como um Todo, mente e corpo, corpo e mente, numa permanente interação que hoje é mais do que sabida e comprovada, de facto, existir). Ou se preferirem, um aviso do nosso corpo alertando-nos que em alguma área da nossa vida algo deveria melhorar.
Da cabeça aos pés, a ligação entre a mente e o corpo tem sido bastante estudada, comprovando-se sistematicamente que cada parte do nosso corpo tem uma linguagem a ser entendida. O nosso campo emocional está na base de mais de 90 por cento das alterações ou acidentes ocorridos no nosso corpo e toda a matéria de que somos feitos (pensamentos e sentimentos, também têm “massa”, sabiam?!) está intimamente ligada à transmissão de sinais bioquímicos e eletromagnéticos cuja informação é feita chegar ao cérebro e que, por sua vez, sob a forma de sinapses e outros circuitos, desencadeia reações através de hormonas, impulsos nervosos, processos químicos do sistema endócrino e outros sinais para músculos, tecidos e glândulas, que estão contidas em cada gota do nosso sangue que circula em cada parte do nosso corpo. E imagine-se! A 385 km por hora, ou seja, muito mais rápido que um carro de Fórmula 1!
Existem situações na vida com as quais vivemos, ou aprendemos a viver. Porém não deixam de ser situações que nos incomodam, que (no fundo, bem lá no “fundo”) não resolvemos. A convivência com tais situações, mais tarde ou mais cedo, vai alterando o estado emocional e fisiológico de uma pessoa e essas alterações vão pouco a pouco refletindo-se no nosso estado psicológico, apresentando sintomas de variada ordem (stress, cansaço, fadiga, depressão, pânico, entre muitas mais).
Uma das formas de manifestação desses desequilíbrios é a somatização (que quer dizer o processo de “passar” para o corpo os desajustes psicológicos). Sim, “in the flesh”, no corpo físico. Sob a forma de dores e outras desordens orgânicas. Percebemos agora como é que o corpo nos fala? Sim? E, em boa verdade, como é que é ele que paga…?
É fundamental aprendermos a conhecer melhor o nosso corpo, tendo a capacidade de o sentir (que é como quem diz, de “nos sentirmos”), integralmente, por dentro e por fora, estando atentos às alterações que ele nos apresenta, pois melhor do que ninguém (sim até mesmo mais do que a nossa “mente”) sabe e diz-nos exatamente onde é que estamos a falhar e no que é que deveríamos mudar.
Por isso, chega de arranjar desculpas ou pretextos para ficar à espera daquilo que somente você poderá fazer por si. Desde praticar alguma atividade ou exercício físico, passando por aliviar a mente e tornar os pensamentos mais ativos e construtivos, coloque em prática as suas decisões. O mundo espera por si. E está cheio de possibilidades. E nós também. Para o devolver ao mundo, melhor do que como aqui entrou. E isso, caros Amigos, é garantido.
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