Alimento visto por um especialista em nutrição: Castanha
A castanha é um daqueles alimentos que temos que comer pelo menos uma vez no ano! É sazonal, é típica, constitui a tradição do dia de São Martinho e marca o início do frio, do inverno.
A semente do ouriço, fruto do castanheiro castanea sativa (espécie mais comum na Europa), é um produto nacional produzido maioritariamente em Trás-os-Montes, onde é conhecida como o “petróleo” da região.
A castanha é um fruto amiláceo constituído principalmente por hidratos de carbono complexos (amido), que são absorvidos mais lentamente e promovem saciedade, e pobre em gordura, principalmente ácidos gordos mono e polinsaturados que estão associados, por exemplo, à diminuição do risco de doenças cardiovasculares. Contém um bom teor de proteína e fibra, quantidades razoáveis de algumas vitaminas (grupo B e C) e minerais (cobre e manganésio).
A composição nutricional da castanha depende do genótipo e das condições climatéricas, mas o teor de minerais depende, também, do conteúdo mineral do solo onde se encontram as árvores. Apesar de não ser um fruto vermelho, a castanha é rica em antioxidantes, mais especificamente em polifenóis. É isenta de glúten (proteína presente no trigo, centeio e cevada), podendo ser consumida por pessoas com intolerância a esta proteína.
No momento da compra, devemos escolher aquelas que têm casca brilhante e intacta (sem fissuras nem furos). Depois, devem ser conservadas em local fresco e seco.
Habitualmente, a castanha não é consumida crua. O seu processamento permite melhorar as características organoléticas (sabor, aroma, textura), aumentar a digestibilidade e tornar os nutrientes mais biodisponíveis, isto é, mais “acessíveis” ao nosso organismo. É um alimento versátil pois pode ser consumido assado ou cozido como, também, pode integrar pratos como sopa e assados, constituindo uma alternativa à batata, por exemplo.
Em suma, a castanha é um alimento da época nutricionalmente equilibrado.
Fonte: Susana Almeida – Nutricionista
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