Alimentos que não são verdadeiros alimentos
Vivemos numa sociedade de contradições e de conflitos. Em todas as áreas, os choques são constantes, visíveis, mas, no campo da alimentação, essas contradições envolvem valores que põem em perigo a nossa própria vida.
Na verdade, hoje a alimentação enfrenta duas vertentes: por um lado, procura-se a comida rápida, de fácil preparação ou pré-preparada e embalada; por outro lado, surgem cada vez mais carências alimentares e faz-se sentir a necessidade de uma alimentação mais saudável, menos industrializada, menos refinada.
Por toda a parte surgem, como cogumelos numa floresta tropical, locais de venda de alimentos pré-preparados, de pizzas, de sandes, de hambúrgueres, que ficam repletos de utentes apressados que engolem à pressa a sua refeição. Em contrapartida, é raro hoje ver-se uma família que se senta em conjunto, à mesa, para tomar uma refeição preparada em casa, com amor e carinho, e com alimentos de qualidade.
A alimentação dita “de lixo” envolve vários inconvenientes. Se, por um lado, é muito rica em gorduras, em sal, em aditivos e conservantes, em especiarias e em açúcares, todos eles altamente prejudiciais para a saúde, por outro lado, o seu valor nutricional é muito baixo, já que carece de nutrientes como vitaminas, sais minerais e fibras.
Para piorar as coisas, geralmente esses alimentos são acompanhados por bebidas também elas vazias de nutrientes, como refrigerantes, sumos “sintéticos”, cerveja ou vinho, quando a melhor bebida seria a água, tomada fora das refeições, ou, quando muito, sumos naturais de frutas. Isto sem esquecer a “cereja no topo do bolo”: o “imprescindível” cigarro no final da refeição.
São, portanto, alimentos e bebidas fornecedores de calorias vazias, que contribuem para a acumulação de gorduras nos tecidos e nos vasos sanguíneos e para o aumento de peso corporal, sem, realmente, nutrirem o organismo. Na verdade, comemos, mas não nos nutrimos; enchemos o nosso estômago, mas esvaziamos as nossas reservas vitais.
O grande culpado, se é que podemos assim dizer, é o nosso estilo de vida. Passamos a correr pela vida, sem tempo para nada, a fazer, constantemente, uma corrida contrarrelógio para chegarmos a algum lugar, fazermos mais uma coisa, cumprirmos mais um horário, terminarmos mais um trabalho. Já nem tempo temos para relaxar, para descansar e dormir, quanto mais para irmos para a cozinha.
O tempo que deveríamos ter para vivermos momentos de paz e de relacionamento feliz com os nossos queridos simplesmente não existe. Tal como não há tempo para estar com essa coisa de pensar e de preparar refeições e de as comer à mesa, em conjunto.
Hoje, a maioria das pessoas considera uma perda de tempo preparar uma refeição completa, com salada crua, sopa e outro prato. É que isso requer tempo, energia, força de vontade e disponibilidade. Mas nenhuma dessas coisas se encontra à venda no comércio.
O mais fácil, o mais rápido, o que menos perturba a nossa correria é usar comida já feita, já preparada e, sobretudo, que se coma depressa. Até as compras que se fazem hoje nos supermercados refletem esse espírito apressado e pouco sensibilizado para o bem-estar e para a saúde. Compra-se o que agrada ao paladar, ou o que satisfaz o apetite, ou o que enche os olhos, sem ter em conta o que isso representa na fatura total do nosso viver.
No entanto, o preço a pagar por essa “facilidade” é demasiado caro, em termos de saúde, de bem-estar, de equilíbrio emocional, de vida familiar.
Mas o contrassenso é inevitável: perante toda esta problemática da nutrição e do bem-estar, há uma consciencialização cada vez maior de que é preciso mudar e seguir outros caminhos. Só que a mudança não é fácil e vai mexer com aspetos muito arraigados dos nossos hábitos e do nosso estilo de vida.Mas a mudança é possível e só poderá trazer benefícios.
Antes de terminar queremos falar-lhe de um alimento que, para além de ser barato e acessível, é de alto valor nutricional e versátil no seu uso culinário. Esse alimento é o Arroz, veja aqui tudo sobre este alimento.
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