Chocolate na idade sénior
Para aumentar a qualidade de vida na terceira idade, é preciso ter em mente que a saúde passa também pela “mesa”. Para se manter saudável nesta fase da vida é fundamental que se faça uma alimentação completa, equilibrada e variada, com todos os grupos da Roda dos Alimentos, ingerindo as doses diárias recomendadas de cada um dos nutrientes. O que faz mal em excesso pode ser benéfico quando consumido com moderação. É o caso do chocolate, um alimento que oferece vários benefícios e que pode até colaborar na prevenção de doenças.
A verdade é que o chocolate não é todo igual e, por isso, os benefícios para a saúde podem ser maiores ou menores, consoante o tipo de chocolate que é consumido. Estes benefícios estão associados essencialmente ao cacau e por isso o chocolate negro, por ser o que contém mais cacau, é considerado o mais saudável.
As necessidades energéticas do organismo diminuem com a idade, particularmente se a atividade física for limitada. Contudo, o corpo continua a precisar das mesmas quantidades ou até mais, de alguns nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais, por isso é fundamental que os alimentos sejam densos e ricos do ponto de vista nutricional.
Como qualquer alimento, o chocolate deve ser consumido com moderação. Considera-se adequado um consumo diário até 40g, o equivalente a um bombom ou uma barrita pequena de chocolate. Pela sua riqueza em antioxidantes essa porção diária, pode ajudar pessoas com mais de 70 anos a evitar doenças como a demência e o Alzheimer.
Não é em vão que se diz que o chocolate desperta o bom humor, em especial o chocolate negro, que é rico em teobromina e feniletilamina, dois estimulantes da família da cafeína que atuam diretamente na área do cérebro que controla as emoções, provocando uma sensação de bem-estar.
O chocolate negro, é também rico em flavonoides, um conjunto de substâncias encontradas noutros alimentos, como as uvas, o vinho tinto e o chá. É um composto benéfico para a saúde do coração e tem uma ação anti-inflamatória, assim ajuda a reduzir a pressão arterial e, por isso, diminui a probabilidade de ocorrência de algumas doenças cardiovasculares. Age também no cérebro, facilitando o fluxo de sangue e protegendo a memória..
A atenção com a alimentação na idade sénior deve sempre levar em consideração as necessidades de cada pessoa e, de preferência, ser acompanhada por nutricionistas e médicos.
Fonte: Ana Perdigão – Nutricionista – ACHOC
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