Arroz visto do ponto de vista nutricional
O arroz é cultivado na China 2800 anos antes de Cristo e estendendo-se rapidamente por toda a Ásia, foi na Mesopotâmia que os soldados de Alexandre, o Grande, o foram descobrir e o trouxeram para a Grécia. Mas foram os Árabes que o deram a conhecer já como alimento e não como remédio, como aconteceu com os Gregos.
Certamente os amigos leitores já usam arroz, mas nunca é de mais recordar as suas qualidades.
Muito nutritivo e rico em hidratos de carbono, este cereal fornece uma alimentação equilibrada, sendo, por isso, a base nutricional de mais de metade da população mundial.
Para aproveitarmos tudo o que o arroz nos proporciona de bom teremos de o utilizar integral. O arroz integral não tem glúten e faz-nos sentir saciados por mais tempo; é de mais fácil digestão porque contém fibra, combatendo as disfunções digestivas e ainda ajuda ao bom funcionamento dos intestinos, eliminando a prisão de ventre.
Devido ao farelo, é rico nas vitaminas B1, B2, B6, B12 e E, e em minerais. A fina película castanha que reveste o arroz branco, o tal farelo de arroz, possui a cadeia alimentar mais completa de doze aminoácidos, indispensáveis para a formação de novas células. Como é muito rico em fibras naturais, protege-nos contra o aparecimento do cancro do cólon – um dos mais frequentes na nossa sociedade.
O consumo de arroz integral ajuda no combate ao colesterol e à arteriosclerose, dando um grande contributo para a eliminação de todo o tipo de toxinas do nosso corpo. Auxilia no controlo dos níveis de açúcar no sangue, sendo naturalmente uma ótima escolha para todos os que sofrem de diabetes. O arroz integral é ainda abundante em selénio, um nutriente essencial para o funcionamento correto do nosso corpo, uma vez que promove o bom funcionamento do nosso metabolismo.
Como o selénio é um antioxidante natural, tal como a vitamina E, o nosso sistema imunológico é muito beneficiado pelo consumo deste cereal. Como não é sujeito a tratamentos químicos e não tem glúten, é também apropriado para quem é mais sujeito a alergias ou intolerâncias alimentares, pois o risco de alergia do arroz integral é praticamente inexistente.
Quando é apanhado, é qualificado como paddy e não é ainda consumível. Ao ser-lhe retirada a primeira película, ou envelope, dá-se-lhe o nome de cargueiro (dos barcos que o transportavam), e é assim que ele nos aparece nos produtos dietéticos, como arroz integral.
O arroz integral pré-tratado à venda nos comércios é ótimo, porque não cola os grãos uns aos outros e coze entre 12 a 15 minutos. Se não consegue habituar-se ao sabor do arroz integral, faça um arroz de tomate normal, com arroz branco, e meça outro tanto de arroz integral comercializado. Acrescente a água no dobro do volume dos dois arrozes e siga o curso normal da cozedura.
Verá que nem sentirá que está a comer arroz integral! Para utilizar o arroz integral sem ser pré-tratado, e para que se torne mais digestivo, deve tostá-lo no forno durante 10 minutos, a 150ºC e depois vai à panela de pressão com um fio de azeite, o dobro do seu volume de água, mais uns pingos de limão. Coza durante 50 minutos em lume brando e deixe arrefecer na panela fechada. Divida por sacos de plástico, ou caixinhas, em pequenas porções e congele. Junte ao puré normal da sopa.
O arroz integral normal fica soltinho, se o cozer ao vapor, mas leva muito tempo. Por vezes, mais de duas horas!
O arroz arbóreo é cultivado na Itália e usado para o célebre Risotto à Italiana, que, normalmente, constitui, só por si, uma refeição. É um arroz de grão quase redondo e que podemos usar na confeção do nosso arroz doce. A maioria das pessoas que prepara arroz doce prefere o carolino, pois acha-o mais macio.
O arroz branco glaciado, o mais vulgar, é polido com glucose e talco, sendo por isso recomendável dar-lhe uma lavagem rápida, ou esfregá-lo num pano seco, antes de ser utilizado.
Uma chávena de arroz cru dá três de cozinhado. Para que o arroz fique mais fofo e solto, junte-lhe uns pingos de sumo de limão.
O arroz cozido à crioula, ou de manteiga, é ótimo para acompanhar estufados e assados e para incorpar qualquer preparação, como almôndegas e pudins.
Para cada pessoa, deve-se contar 50 ou 60g de arroz. Mas, para facilitar, é melhor medir do que pesar, pois a medida da água é de duas vezes a do volume do arroz.
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