Como encontrar a Força nos Momentos Críticos
Encontrar força nos momentos de fracasso está nas suas mãos.
Quer queiramos quer não, a vida é uma montanha russa de acontecimentos que tanto nos podem levar lá para cima, como de um momento para o outro nos podem pôr bem lá no fundo, ou quanto mais não seja, deixar as nossas emoções bem à flor da pele.
Às vezes, são reveses que nos obrigam a mudar drasticamente, a fazer escolhas difíceis ou enfrentar situações bem dolorosas. Outras vezes são pequenos erros irritantes que nos fazem sentir incompetentes ou com a sensação de estar constantemente a tropeçar em obstáculos imprevisíveis.
Todos estes percalços são essenciais para a nossa aprendizagem, e é preciso ser-se corajoso para correr riscos e expor-se ao fracasso. Nestes momentos, pode acontecer sentirmo-nos vulneráveis.
É difícil estar numa posição de vulnerabilidade e falhar. Depressa surgem sentimentos de vergonha, culpa ou até de raiva contra nós próprios, muito complicados de gerir. Os pensamentos auto-críticos começam logo a vir ao de cima. Por vezes, até decidimos nunca mais sair da nossa zona de conforto, nunca mais arriscar.
O problema deste tipo de atitude é que não estamos a ser nós próprios, nem a viver a vida que queremos.
Mas é possível recuperarmos após as desilusões e fracassos. Como? Aprender a erguer-se e a ser mais forte.
Primeiro de tudo, é importante aceitar que na vida os fracassos irão ocorrer muitas vezes, mas é preciso manter-se motivado para dar o tudo por tudo. Além disso, não serás a única pessoa a bater de frente com momentos destes. Todas as pessoas de sucesso já fracassaram em algum ponto da sua vida, e para além do mais, a vida delas é sempre uma fonte de inspiração para quem passa por experiências idênticas.
Então como é que posso ficar mais forte após momentos de fracasso?
1 – Aprender a reconhecer as suas próprias emoções e a manter uma atitude de curiosidade
Tudo o que nos acontece quer seja de bom ou de mau tem o potencial de nos desencadear uma reação emocional, no entanto isto nem sempre é evidente. É preciso estar atento para reconhecer estas emoções.
Mas porquê que isto pode ser difícil? Porque somos educados para não reconhecer a existência dos nossos próprios sentimentos.
Quando sentimos raiva, varremos essa emoção para debaixo do tapete, com pensamentos racionais e distrações.
No entanto esta atitude de evitamento é ínútil e só piora as coisas. Simplesmente não podemos ignorar os sentimentos negativos. Eles acumulam e apodrecem dentro de nós, causando-nos doenças físicas e mentais.
Interessar-se pelo porquê das coisas acontecerem, mantendo uma atitude curiosa, ajuda-nos a estar conectado com as nossas emoções, pensamentos e ações, e por isso, a encontrar estratégias criativas e saudáveis para ultrapassar os momentos difíceis.
A melhor estratégia não é fugir, mas sim permitir-se a sentir.
2 – Questionar as narrativas para aprendermos mais sobre nós próprios
Criar narrativas ajuda-nos a dar um sentido à nossa existência e a ter um lugar no mundo, pois permite-nos experimentar um senso de propósito, pertença e identidade.
Mas cuidado, é preciso também sermos honestos connosco próprios. Que dizes para ti próprio quando fracassas?
Manter um olhar crítico sobre o modo como percebemos e entendemos as nossas lutas e fraquezas é fundamental para desafiar a realidade dessas narrativas.
Passá-las para o papel permite-nos olhar para a nossa história de uma perspectiva diferente. Isto é fundamental para não cairmos na armadilha de ter pena de nós próprios e acharmos que somos vítimas das circunstâncias.
3 – Coragem para mudar
Após aprendermos a desenvolver a capacidade de auto-conhecimento, resta-nos aprender a canalizar os ganhos para as mudanças positivas na vida. Há sempre algo a aprender, uma lição a reter.
Aprender a assumir responsabilidade pelo nosso bem-estar, mesmo quando nos sentimos pressionados pelos outros.
Confiança e erros podem coexistir, tudo o que é necessário é a capacidade de reparar as nossas relações e permanecermos fiéis a nós próprios e aos nossos valores.
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Referências:
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Brown, B. (2015). Rising strong: The reckoning. The rumble. The revolution.
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Williams, M., & Penman, D. (2011). Mindfulness: Atenção plena. Lua de Papel.
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