Iridologia, o que os olhos dizem sobre a sua saúde

Sempre ouvimos dizer que os olhos são o espelho da alma, mas para a iridologia são mais do que isso: são uma janela que permite observar eventuais desequilíbrios no nosso organismo.

Iridologia – Conheça a técnica que avalia o estado da nossa saúde através de um simples exame à íris.

Já os chineses e os tibetanos relacionavam as alterações e as marcas dos olhos com as perturbações ou anomalias dos órgãos internos milhares de anos antes de Cristo, mas foi na antiga Grécia que se constatou que a observação da íris podia beneficiar a saúde.

Desde então, a iridologia tem sido desenvolvida e aperfeiçoada como um método que estuda a íris de forma a conhecer o indivíduo no seu todo.

Os iridologistas acreditam que, através da análise da íris (a parte colorida do olho), é possível fazer um check-up do nosso estado de saúde, descobrindo eventuais desequilíbrios. Como? Partindo da mesma ideia da reflexologia podal, que “vê” os órgãos refletidos na planta do pé, a iridologia baseia-se no princípio de que na íris estão representados todos os órgãos do corpo (mapa iridológico pelo qual os especialistas se guiam).

Assim, de acordo com os especialistas desta técnica, o corpo transmite à íris, através de sinais, marcas, alterações de cor e de padrões, um quadro clínico da pessoa em questão.

A realização deste diagnóstico só é possível porque o olho é altamente dotado de terminais nervosos que estão ligados a todos os órgãos do corpo. Como Pinto de Almeida, iridologista, nos explica “a íris é uma espécie de ecrã em miniatura que revela a condição das áreas mais remotas do organismo” e que funciona como um mapa do interior do nosso corpo, permitindo detetar disfunções de saúde do organismo, conhecer a pré-disposição genética de várias patologias e ainda descobrir e compreender a constituição psíquica da pessoa.

O mapa da íris é dividido em cerca de 90 zonas distintas e só um especialista conseguirá lê-lo corretamente devido à sua complexidade apesar disso, vamos tentar explicá-lo da forma mais simples possível: imagine que a íris é um relógio, com os números (de um a doze) das horas na sua posição, sendo que a cada ‘espaço’ entre os números corresponde uma zona do corpo.

O que o iridologista faz é procurar alterações nesses espaços, fazendo-as corresponder ao mapa iridológico e ao historial clínico do paciente.

No entanto, é importante frisar que o exame iridológico não consegue especificar o problema em questão, sendo, acima de tudo, uma ferramenta de prevenção: através do exame, o iridologista consegue perceber se existe algo irregular no pâncreas, mas não consegue identificar o tipo de problema ou as suas especificidades, como por exemplo, se tem excesso ou falta de açúcar no sangue ou outra condição associada.

Pinto Coelho realça que a iridologia “é um método de diagnóstico – e não um tratamento –, que funciona como um alerta para eventuais processos inflamatórios, tumorais ou digestivos em determinados órgãos”, sendo uma ponte para exames ou tratamentos mais bem direcionados. “As alterações da íris não representam a doença em si mesma, mas uma predisposição para o seu desenvolvimento”, constata.

Para além da saúde do corpo, a observação da íris permite ainda ajudar a determinar a forma como o individuo elabora os seus processos de aprendizagem, como se expressa e relaciona com os outros, quais os seus pontos de stress, ou seja, conhecer a personalidade de uma pessoa.

 

As personalidades segundo a iridologia:

 

Criado por Denny Johnson, o método Rayid foi concebido com o objetivo de compreender a personalidade e atitudes de uma pessoa através da análise da íris, por exemplo, se ela é introvertida ou extrovertida, ou se é mais emocional ou racional.

Este método reconhece quatro padrões de personalidades:

– O padrão jóia, o tipo de personalidade intelectual que olha o mundo com lógica e de forma analítica.

– O padrão flor, que reage à vida com os sentimentos e a comunicação visual. Por norma são pessoas mais emocionais, espontâneas, observadoras e criativas, geralmente com habilidade para artes, música e similares.

– O padrão corrente. São pessoas com maior sensibilidade física e mental, habitualmente mais intuitivas e sentem com intensidade as alterações da vida.

– E o padrão agitador, onde se agrupam as personalidades intensamente entusiastas, em geral, dedicadas a uma causa ou a um objetivo.

Normalmente, o padrão clássico de um agitador é o grande sucesso e o grande fracasso. A dedicação e a lealdade são as suas marcas. Por norma, são inventores, exploradores e/ou motivadores.

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O que acontece numa consulta de Iridologia?

 

Em primeiro lugar, o especialista irá fazer o que se chama de anamnese, isto é, conhecer o historial clínico do paciente, o seu estilo de vida, quais os seus hábitos alimentares, entre outros aspetos. Só após esta pequena conversa é que o examinador irá observar e fotografar cada uma das íris.

No entanto, Pinto de Almeida explica-nos que prefere começar as suas consultas “com algumas palavras de encorajamento, para descansar a mente do paciente. A negatividade só reforçará o desequilíbrio e não irá propiciar uma experiência de cura”.

Na sua opinião, esta abordagem é essencial para que o paciente entenda que “a compreensão de que muito do que se vê nos olhos não representa a doença em si” mas uma fragilidade do órgão que mais tarde poderá manifestar-se em doença.

Nenhum dos exames realizados nesta consulta é invasivo ou doloroso. O especialista observa os olhos do paciente com um iridoscópio ou lâmpada de fenda que emitem um feixe de luz para os olhos do paciente, permitindo captar imagens pormenorizadas do olho para o computador. Segue-se, depois, a análise detalhada das imagens com um programa de computador especializado e qualificado para o efeito.

Neste estudo, o iridologista presta especial atenção às modificações estruturais do olho, às estruturas das fibras e da cor, aos sinais reflexivos que resultam da transmissão de informações do cérebro ao olho e aos sinais fisiológicos que decorrem das alterações na coloração da íris.

É com base nestas informações que o especialista consegue, por um lado, revelar ao paciente sinais sobre a sua condição de saúde e sobre a sua carga genética e, por outro, recomendar hábitos saudáveis e preventivos de acordo com o diagnóstico realizado.

Texto de:
José Augusto Pinto de Almeida, iridologista

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